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Matérias / Índia Colonial

Marcha do Sal: Há 92 anos, Gandhi liderava um ato de desobediência civil não violenta

O movimento foi parte importante na conquista da Independência da Índia. Entenda o protesto!

Alana Sousa Publicado em 12/03/2019, às 14h00 - Atualizado às 00h00

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Estátua de Gandhi no Reino Unido - Getty Images
Estátua de Gandhi no Reino Unido - Getty Images

Em 12 de março de 1930, tinha início a lendária Marcha do Sal. Gandhi, seguido por voluntários, caminhou quase 400 quilômetros rumo ao mar da Arábia. O ato foi pacífico e durou 24 dias.

A marcha era uma violação do monopólio britânico sobre a fabricação e tributação do sal. Indianos de todo o país seguiram o exemplo de protesto, vendendo sal nas ruas.

Gandhi liderou a manifestação desde Sabarmati Ashram até a vila costeira de Dandi, que ficava em uma pequena cidade chamada Navsari, hoje no estado de Gujarat. Chegando ao destino, eles produziram sal sem pagar o imposto exigido.

O movimento, que se baseou no princípio de protesto não violento chamado satyagraha, ganhou a atenção mundial suficiente para impulsionar o movimento de independência da Índia e iniciou o Movimento Nacional de Desobediência Civil.

Quando a escolha de Gandhi de protestar pelo sal foi anunciada, jornais da Índia Colonial trataram o assunto com um tom cômico e até mesmo o vice-rei, lorde Irwin, escreveu: “No momento, a perspectiva de uma campanha de sal não me mantém acordado à noite”.

Entretanto, o líder da marcha tinha uma visão diferente sobre o produto: entendia que o item, por ser de uso diário, poderia afetar todas as classes de cidadãos, e declarou que “ao lado do ar e da água, o sal talvez seja a maior necessidade da vida”. Ao observar a dimensão do ato, as autoridades perceberam o poder do alimento como o símbolo principal.

Ao decorrer da Marcha do Sal, voluntários levavam água e comida para os manifestantes, além de cumprimentá-los com batida de tambores. Gandhi fez discursos no caminho atacando o imposto sobre o sal como inumano e o satyagraha como uma “luta do pobre”.

As autoridades britânicas usaram repetidamente a força para parar a marcha. A repressão prendeu desde políticos até pessoas comuns. Cerca de 60 mil pessoas foram presas no total. Com as cadeias lotadas, o vice-rei lorde Irwin, governante inglês da Índia, se dispôs a negociar a liberação dos detidos.

Só em 1931 foi quebrado o monopólio sobre o sal. Sinal de que a independência seria questão de tempo, foi conquistada em 15 de agosto de 1947.