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Vitrine / Hollywood

Caos em Hollywood: Marie McDonald, a atriz que teria forjado o próprio sequestro

Durante o depoimento, a estrela teria se baseado num romance de Sylvia Tate

Victória Gearini Publicado em 07/06/2020, às 15h03

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Marie McDonald durante uma campanha publicitária - Divulgação
Marie McDonald durante uma campanha publicitária - Divulgação

Apelidada de The Beautiful Body, Marie McDonald foi uma cantora e atriz norte-americana que ficou famosa após se envolver em inúmeros escândalos. No final da década de 50, a estrela de Hollywood voltou a ser notícia nos jornais quando supostamente foi sequestrada.  

No dia 4 de janeiro de 1957, a mãe da atriz acionou as autoridades, após um homem ligar para ela por volta do meio dia, afirmando que havia sequestrado a atriz em sua casa em Los Angeles.

Desesperada, a mulher foi até a casa da estrela, onde encontrou um bilhete na caixa de correio informando para não ligar para a polícia, pois os sequestradores entrariam em contato. Mais tarde, naquele mesmo dia, Harry Karl, ex-marido de McDonald's, alegou ter recebido um telefonema de um dos criminosos, avisando que se as autoridades fossem acionadas, a mulher iria morrer. 

Marie McDonald, estrela de Hollywood / Crédito: Divulgação

Enquanto McDonald supostamente estava sendo mantida como refém, a estrela ligou para o seu agente Harold Plant, para a jornalista Harrison Carroll e para o ator Michael Wilding, com quem ela mantinha um relacionamento amoroso na época.

Durante a conversa, a artista disse que os sequestradores teriam exigido dinheiro e revelou, ainda, que tinha sido agredida por um dos criminosos. Mais tarde, disse às autoridades que o plano inicial dos agressores era levá-la para uma casa no México, mas ao ouvirem as notícias sobre o sequestro mudaram de ideia e decidiram largá-la no meio de uma estrada deserta. 

As investigações 

Em 5 de janeiro, um dia após o seu desaparecimento, um motorista de caminhão avistou a atriz desorientada no meio de uma estrada perto de Indio, na Califórnia. Em depoimento, McDonald disse às autoridades que dois homens armados apareceram em sua casa, exigindo que ela abrisse a porta, caso contrário iriam matar seus filhos. 

Marie McDonald ao lado do ex-marido Harry Karl / Crédito: Divulgação 

Segundo a estrela, o plano inicial da dupla era exigir um resgate de US $ 30.000. No entanto, os sequestradores teriam permitido que McDonald vestisse uma túnica e levasse uma mala. Já no cativeiro, a artista teria sido obrigada a ingerir pílulas que a deixaram sonolenta. Ao acordar percebeu que eles haviam se retirado do cômodo, o que lhe permitiu fazer três ligações.

A cada depoimento, a loira apresentava uma nova versão do ocorrido, fato que passou a intrigar as autoridades. Ao fazer uma busca na casa de McDonald, a polícia  encontrou uma cópia do romance The Fuzzy Pink Nightgown, de Sylvia Tate, que conta a história de uma atriz que é sequestrada por dois rapazes.

Marie McDonald após ser resgatada do suposto sequestro / Crédito: Divulgação 

Devido á semelhança da obra com o depoimento de McDonald, o investigador pediu a atriz que ela fosse submetida a um teste de polígrafo, mas seu advogado impediu. Embora tenha aceitado reconstruir toda a trajetória do sequestro, a atriz não convenceu seu ex-marido, que chegou a acusá-la de forjar o crime. Ela se pronunciou e disse que suspeitava que Karl teria orquestrado o sequestro para manchar a sua imagem. 

Ainda em 1957, o júri decretou que seria impossível apresentar evidências conclusivas, pois a história de McDonald mudava com frequência. Segundo o advogado de defesa, a atriz teria ficado em choque com o sequestro, por isso, não lembrava ao certo sobre os fatos. Por falta de provas contra a atriz, o júri desistiu de apresentar queixa por declaração falsa.


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