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Matérias / Egito Antigo

Merite Ptá, a primeira médica da História, pode nunca ter existido, indica estudo

Uma pesquisa realizada pelos Estados Unidos pode colocar em dúvida a existência da personagem, revelando uma curiosa troca de identidades

Caio Tortamano Publicado em 18/12/2019, às 10h51

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Suposta ilustração de Merite Pta no Egito Antigo - Divulgação / University of Colorado Anschutz Medical Campus
Suposta ilustração de Merite Pta no Egito Antigo - Divulgação / University of Colorado Anschutz Medical Campus

Considerada a primeira médica mulher da história, a egípcia Merite Ptá pode nunca ter existido. É o que indica um novo estudo publicado no Jornal da História da Medicina. Interessado pela vida de Merite, o historiador Jakub Kwiecinsk, da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, decidiu estudar a fundo a vida da pioneira.

Após meses de intensas pesquisas, o pesquisador encontrou o primeiro documento que se refere à médica. Elaborado por Kate Campbell Hurd-Mead, obstetra e pesquisadora, que em sua obra relatou a existência de uma tumba no Egito que carrega evidências da existência de Ptá.

De acordo com historiadores, a médica teria vivido por volta de 2700 a.C., no entanto, nenhuma outra pista que confirme sua trajetória foi localizada. O nome não aparece em nenhum documento do período, e nem está registrado entre as pessoas célebres da época. 

Outro indício forte que pode se tratar de um mal entendido, é que o local onde o suposto filho da médica foi enterrado não era utilizado para sepultamentos na época em que ela estava viva. Nas investigações de Kwiecinsk, o pesquisador descobriu a possível existência de uma médica chamada Peseshet,que teria, inclusive, vivido antes mesmo da própria Merite Ptá. Na tumba do filho dessa mulher, estaria descrito como cargo de sua mãe “médica-chefe”.

Diante desse fato, a nova pesquisa acredita que ocorreu uma confusão com as identidades das duas médicas após as inscrições presentes no livro de Kate Campbell. Embora a provável existência de Peseshet prove que a ciência e a medicina não foram sempre áreas de predomínio masculino, estamos diante de uma nova lacuna na história da humanidade.