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Matérias / Curiosidades

Mistério de 77 anos: a descoberta do submarino que encerrou teorias da conspiração

Afundado em 1942, em plena Segunda Guerra, o HMS Urge levantou teorias insólitas e só foi encontrado décadas depois de seu naufrágio

Alana Sousa Publicado em 12/05/2021, às 18h00

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Imagem do submarino afundado - Divulgação/Universidade de Malta
Imagem do submarino afundado - Divulgação/Universidade de Malta

No auge da Segunda Guerra, em 1942, a Inglaterra não poupava esforços para impedir o avanço da Alemanha Nazista, que contava como uma de suas maiores aliadas: a Itália, liderada pelo líder fascistaBenito Mussolini.

Os confrontos marinhos faziam parte de um dos mais importantes conflitos do século 20, contando com momentos decisivos para desdobramentos da guerra, como foi o ataque a Pearl Harbor.

Ainda assim, alguns detalhes sobre essas batalhas no oceano passaram despercebidas por muito tempo. Mesmo que fosse comum que submarinos naufragassem, algo soou estranho quando a embarcação britânica ‘HMS Urge’ desapareceu sem deixar rastros.

Naufrágio e teorias da conspiração

Seu comandante, o tenente Edward Tomkinson, era bastante conhecido, sendo o responsável por atacar submarinos italianos e sair vitorioso. Então, quando seu resistente navio perdeu contato com as autoridades britânicas, foi um choque profundo.

O Urge ficava grande parte do tempo em Malta, que era um porto crucial para a Inglaterra. Porém, o governo decidiu que o submarino deveria seguir para o Egito devido aos bombardeiros dos alemães e italianos que se intensificavam naquela região.

Recriação digital do submarino / Crédito: Divulgação/Universidade de Malta

Com destino a Alexandria, a embarcação desapareceu, levando consigo 44 vítimas. Nenhum sinal dos destroços foi identificado por anos, até que, em 2015, Jean-Pierre Misson, um mergulhador belga afirmou que havia enfim encontrado o local exato do naufrágio.

A descoberta foi recebida de maneira controversa, já que Misson confirmava que o Urge estava na costa da Líbia, bem distante de seu caminho planejado. O anúncio abriu porta para as mais diversas teorias da conspiração.

Colocando em questionamento a reputação do comandante Tomkinson, muitos alegaram que o Urge era, na verdade, parte de uma missão secreta. Ao ser, supostamente, descoberto, ele teria sido afundado por aviões da Itália, conforme repercutiu o site War History On-line ainda em 2015.

O mergulhador também sugeriu que apenas o tenente estava envolvido na missão misteriosa, e que ele teria desobedecido as ordens dos britânicos, que mais tarde acobertaram o enigma. Entretanto, anos depois, uma equipe de pesquisadores colocou fim na teoria da conspiração, revelando o que realmente aconteceu nos momentos que antecederam o naufrágio.

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O naufrágio / Crédito: Divulgação/Universidade de Malta

Enfim, a verdade

No ano de 2019, um grupo da Universidade de Malta, liderado pelo arqueólogo marinho Timmy Gambin anunciou que haviam encontrado o verdadeiro HMS Urge. Nas proximidades de Malta, a embarcação teria sido alvo de uma mina alemã, que colocou fim na vida de todos lá presentes.

Em dois mergulhos com seis pesquisadores na região, os destroços foram identificados e analisados utilizando tecnologias avançadas. Uma das evidências que permitiram a identificação do Urge é o nome do submarino gravado perto da torre de comando.

Além disso, uma varredura tridimensional feita a partir de fotos e gravações do naufrágio conseguiu mostrar as dimensões do objeto — que combinam com o tamanho registrado do Urge.

“Conseguimos algumas boas imagens do nome que, com sorte, acabarão com a afirmação absurda de que ela se perdeu no Norte da África”, disse Gambin em entrevista à Live Science. “Agora está 100% confirmado”.

Os mergulhos duraram cerca de 20 minutos, a equipe de Timmy foi a primeira a chegar perto dos destroços históricos. “Nós respeitamos os padrões internacionais de não tocar nos destroços, então não vou simplesmente empurrá-los para fora do caminho”, revelou o especialista, que também enfatizou a dificuldade de examinar o submarino.

Muito mais que resolver um enigma histórico, Gambin afirmou que sentia que era sua missão entender este “conflito recente” e poder dar uma resposta concreta aos familiares que estão vivos daqueles que perderam a vida no confronto.


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