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Matérias / Personagem

Montgomery Clift: a angústia e os segredos de um dos maiores nomes de Hollywood

Premiado e considerado um dos melhores atores da história da Broadway, o americano teve a vida mudada após um episódio trágico

Wallacy Ferrari Publicado em 19/05/2020, às 13h03

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O ator em poses em ensaios para divulgação de seus filmes - Wikimedia Commons
O ator em poses em ensaios para divulgação de seus filmes - Wikimedia Commons

Com seus papéis intensos interpretando personagens masculinos com um temperamento sensível, jovial e responsável, Montgomery Clift sabia externar o heroísmo nas telonas com maestria, sendo um dos primeiros atores de Hollywood a buscar capacitação técnica para exercer a atuação.

Após ter abandonado o colégio para tentar a sorte na Broadway com apenas 13 anos, o americano se tornou uma referência de entrega em palco, chegando a participar de uma das primeiras produções teatrais transmitidas no início da televisão nos Estados Unidos.

O esforço para ser um ator notável fez efeito e, além de se tornar um sinônimo de sucesso nas bilheterias, conquistou a crítica especializada e chegou a ser indicado quatro vezes ao Oscar, sendo três na categoria de Melhor Ator, além do Globo de Ouro e ao BAFTA.

O ator em ensaios fotográficos durante sua carreira / Crédito: Wikimedia Commons

Boatos sobre sua sexualidade

Buscando um ator mais intenso para as cenas de seu novo filme, Howard Hawks e Arthur Rosson buscaram Clift ainda na Broadway para compartilhar as telonas com John Wayne e Walter Brennan no filme Rio Vermelho, em 1948. Apesar do sucesso comercial, chegando a ser considerado um dos maiores filmes de velho oeste de todos os tempos, a relação nos sets de filmagem era conturbada.

John e Walter não se sentiam confortáveis com o estreante após ouvirem relatos de que o jovem galã não se relacionava com mulheres. Clift não chegou a ser indagado pelos colegas, mas manifestou indignação pelo conservadorismo e isolamento dos companheiros. Dez anos depois, o ator recusou uma proposta para atuar ao lado dos atores novamente.

Em sua vida pública, no entanto, os boatos não chegavam até a imprensa, que continuamente elogiava o rapaz nas atuações. Em 1951, as cenas de amor com Elizabeth Taylor — que posteriormente se tornaria uma de suas melhores amigas — no filme ‘Um Lugar ao Sol’ tirou a limpo qualquer dúvida em relação a sua sexualidade; pelo menos, enquanto esteve vivo.

O acidente que mudou sua vida

Durante uma pausa nas filmagens de ‘A Árvore da Vida’, em 1956, Clift compareceu a uma festa promovida por Taylor e acabou se acidentando após dirigir embriagado. As gravações foram interrompidas por toda sua recuperação, que durou dois meses. Após o retorno, o ator pareceu diferente; parecia disperso, faltava em gravações e esquecia falas, além de se viciar em barbitúricos e outras drogas.

Em Os Desajustados, compartilhou o protagonismo com Marilyn Monroe e Clark Gable, sendo o último filme de ambos antes de falecer. Na época, a atriz, que enfrentava problemas emocionais, chegou a afirmar que Clift era “a única pessoa que conheço que está pior do que eu”. Após a produção, o ator passou a se isolar com maior intensidade, além de não ter interesse em assistir seus próprios filmes.

Em 22 de julho de 1966, após passar boa parte do verão em sua casa, Clift se encontrou com o enfermeiro particular, com quem conversou por todo o dia. Por volta da meia-noite, o rapaz se despediu do ator, mas retornaria no dia seguinte para prosseguir prestando seus serviços. Na manhã seguinte, Clift não atendeu e o enfermeiro subiu as escadas externas de sua janela. Encontrou o artista nu na banheira, já sem vida, aos 45 anos.

Montgomery Clift e Elizabeth Taylor juntos em gravação / Crédito: Flickr / Film Star Vintage

A confirmação após a morte.

A autópsia concluiu que o ator faleceu em decorrência a uma parada cardíaca causada por uma doença arterial. Acredita-se que a enfermidade se intensificou com o uso de drogas, além de somar com uma disenteria e uma colite. Na autópsia, no entanto, foi descoberta uma condição que Clift não tinha conhecimento; sua tireoide subativa diminuía a pressão sanguínea, explicando a lerdeza e o constante esquecimento de falas após o acidente.

Somando ao vício pós-traumático, Patrícia Bosworth, que coletou informações de familiares de Clift, relatou em seu livro que o acidente e as drogas o tornaram sexualmente impotente, resultando em uma profunda decepção pessoal. Sua sexualidade, reprimida em vida, foi revelada pelo irmão da maneira mais breve possível: “É provável que [Clift] fosse bissexual ou gay”.

A confirmação veio de sua melhor amiga, após 34 anos de sua morte, no GLAAD Media Awards de 2000. Elizabeth Taylor estava sendo homenageada por seu trabalho em apoio a comunidade LGBT quando confirmou que o confidente era gay.


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