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Matérias / Crimes

Morta pelo namorado: o trágico fim de Dominique Dunne, atriz de Poltergeist

Conhecida por ser uma das revelações do gênero terror, a intérprete foi brutalmente assassinada após um relacionamento abusivo

Penélope Coelho Publicado em 31/08/2020, às 17h53

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Fotografia de Dominique Dunne - Wikimedia Commons
Fotografia de Dominique Dunne - Wikimedia Commons

Em sua meteórica e brilhante carreira, Dominique Ellen Dunne ficou conhecida por ter interpretado Dana Freeling no filme de terror Poltergeist (1982), no papel da filha adolescente cuja família é assombrada por fantasmas. Dominique chamou atenção em Hollywood e tinha uma promissora trajetória pela frente. O que certamente teria acontecido, se sua vida não tivesse sido interrompida por aquele que ela considerava o seu amor, mas na verdade, passava bem longe disso.

Anos iniciais

Nascida em 23 de novembro de 1959, em Santa Monica, Califórnia, Estados Unidos, Dominique foi a filha mais nova de Ellen Beatriz Lenny e do escritor, produtor e ator Dominick Dunne. A jovem iniciou cedo seus trabalhos como atriz, e começou na televisão norte-americana onde atuou em participações especiais em seriados como Lou Grant (1977) e Casal 20 (1979). Dedicada, a garota estudou atuação no famoso Workshop de Milton Katselas.

No entanto, foi no ano de 1981 que Dunne viu sua vida mudar. Isso porque foi escalada para o seu primeiro longa-metragem, se tratava do filme Poltergeist (1982), um divisor de águas em sua carreira e o único filme para o cinema que a menina teria tempo de realizar. 

Logo do filme Poltergeist  (1982) / Crédito: Wikimedia Commons

Relação perigosa

No mesmo ano em que a jovem deu o passo inicial em sua carreira de atriz cinematográfica, ela conheceu aquele que seria seu namorado e futuro assassino. Era John Sweeney, chefe de um badalado restaurante de Los Angeles.

O casal se conheceu em uma festa no ano de 1981 e o envolvimento aconteceu rápido demais. Poucas semanas depois de engatarem o relacionamento, eles se mudaram juntos para uma pequena casa de um quarto em West Hollywood.

Não demorou muito para que toda a ternura que o homem inicialmente demostrava, se tornasse possessão e ciúmes. Os problemas e brigas entre Dominique e Sweeney aumentavam e em diversas ocasiões, John abusou fisicamente da jovem — que na época tinha somente 21 anos.

Os pais da menina estavam preocupados com a filha que aparentava estar cada dia mais distante. Certa vez, Sweeney chegou a arrancar um punhado de cabelo da atriz durante uma discussão em agosto de 1982, na ocasião, ela fugiu para casa da mãe onde buscou abrigo por um tempo.

Contudo, o namorado inconformado foi atrás de Dominique, a mãe da jovem por sua vez, exigia que ele se afastasse da filha e caso o contrário chamaria a polícia. Porém, poucos dias depois, Dunne decidiu reatar o relacionamento e voltou para casa onde morava com John.

Um mês depois, mais um episódio de violência: em 26 de setembro de 1982, Sweeney agarrou a atriz pelo pescoço e começou a sufocar a menina na intenção de estrangulá-la. Contudo, um amigo do casal que estava perto ouviu barulhos de engasgo e entrou na sala onde tudo acontecia.

A jovem tentou dizer ao amigo que o namorado estava tentando matá-la, mas, o homem contornou a situação e disse que era apenas uma briga comum, ordenando que Dominique voltasse para cama. A estrela fingiu obedecer, mas, na verdade, fugiu pela janela do banheiro.

Sweeney ouviu o barulho do motor do carro de Dunne e saiu correndo na tentativa de impedi-la de partir, porém, já era tarde demais e a menina já estava voltando para casa da mãe. Aquele foi o ponto final para a intérprete que naquela noite ligou para John e terminou o relacionamento.

Tragédia anunciada

Era 30 de outubro de 1982, algumas semanas de sossego na vida e Dominique — que naquele dia ensaiava para o seu novo papel na minissérie V (1983), junto com o ator David Packer. Enquanto conversava com uma amiga por telefone, a atriz teve a ligação interrompida por outra chamada: "Oh, Deus, é o Sweeney. Deixe-me desligar o telefone", disse a garota para a amiga. Dez minutos depois, o ex-namorado da estrela apareceu na porta de sua casa.

No início eles conversaram através de uma porta trancada, mas, depois de um tempo de diálogo a garota concordou em falar com John na varanda, enquanto seu colega de trabalho, Packer, aguardava a jovem atriz retornar para os ensaios.

O que se sabe é que depois de abrir a porta, uma tragédia aconteceu: eles começaram a discutir e Sweeney partiu para cima da ex-namorada, enforcando a garota até que ela ficasse inconsciente.

Packer escutou alguns barulhos, mas já era tarde demais, ele se deparou com uma cena horrível: Sweeney ajoelhado sobre Dunne. As autoridades foram acionadas e sem demonstrar medo, o criminoso proferiu a seguinte frase: "Eu matei minha namorada e tentei me matar.”.

Túmulo de Dominique Dunne / Crédito: Wikimedia Commons

A atriz foi rapidamente levada para um hospital, mas nunca recuperou a consciência, ela ficou alguns dias respirando com auxílio de aparelhos, entretanto, logo os médicos perceberam que a jovem já não tinha mais nenhuma atividade cerebral em decorrência do tempo que ficou sem oxigênio.

No dia 4 de novembro daquele ano, os pais de Dominique tomaram a decisão de desligar os aparelhos da menina, ela faleceu aos 22 anos de idade. A pedido de sua mãe, os rins e o coração da intérprete foram doados.

Sua última aparição nas telas foi em um episódio da série Hill Street Blues (1981), onde Dunne interpretava uma menina que havia sido abusada, na ocasião, a atriz não usou maquiagem para forjar os hematomas, já que estava verdadeiramente machucada, pois um dia antes tinha apanhado de Sweeney, o episódio foi ao ar 12 dias depois de sua morte.

Em 7 de novembro de 1983, após um longo processo, o assassino foi condenado a seis anos de prisão por homicídio culposo e mais seis meses por acusação de agressão, na época aquela era a pena máxima recebida, o que deixou na família da vítima uma eterna sensação de impunidade.


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