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Matérias / Segunda Guerra

A morte de Mussolini influenciou Hitler a tirar a própria vida?

Neste dia, em 1945, o líder fascista italiano encontrava um fim tão brutal quantos seus atos em vida

Alana Sousa Publicado em 28/04/2021, às 15h45

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Hitler e Mussolini em junho de 1940, na Alemanha - Wikimedia Commons
Hitler e Mussolini em junho de 1940, na Alemanha - Wikimedia Commons

Em 28 de abril de 1945, um dos líderes mais infames da Segunda Guerra via sua vida chegar ao fim de maneira brutal. Assim como seus anos de poder liderando a Itália em uma ditadura sangrenta, Benito Mussolini sofreu com a ira da oposição em seus momentos finais. 

Fuzilado, pendurado em praça pública e linchado pela população, o ditador fascista se tornava exemplo para outras figuras do Eixo sobre o futuro que os aguardavam. Entretanto, nem todos foram tão imprudentes como o italiano, que foi capturado junto a sua amante Clara Petacci, nas proximidades do vilarejo de Dongo. 

Ali, em direção a Milão, começavam as últimas horas agoniantes sob a vigilância da 52ª Brigada Garibaldina. O corpo de Mussolini, já sem vida, foi alvo das mais variadas depredações: a multidão chutava, cuspia, urinava, baleava desesperadamente.  

Uma foto rara de Mussolini / Crédito: Wikimedia Commons

Embora seu cadáver tenha sido pendurado de cabeça para baixo em uma viga de metal, era impossível não reconhecer o rosto daquele personagem maléfico. Os anos de propagando e culto à figura do ditador haviam implantado sua face na mente de cada cidadão italiano. 

“Sua onipresença fez com que ele fosse reconhecido no dia seguinte quando estava pendurado de cabeça para baixo, apesar da profanação de seu corpo”, afirmou o historiador e professor David Kertzer em entrevista repercutida pela revista Foreign Policy, em 2015. 

Na época, o The New York Times celebrou a morte de Benito: “Fuzilado por um pelotão de fuzilamento, junto com sua amante e um punhado de líderes fascistas, o primeiro dos ditadores fascistas, o homem que uma vez se gabou de que iria restaurar as glórias da Roma antiga, agora é um cadáver em uma praça pública em Milão, com uma multidão uivando xingando, chutando e cuspindo em seus restos”. 

Dois dias depois da execução do líder italiano, seu aliado Adolf Hitler tirava sua própria vida no Führerbunker, onde estava escondido desde janeiro daquele ano. Mas, teria o Führer sido influenciado pelo fatídico falecimento de Mussolini

Mussolini e Clara fugiam para a Suíça quando foram capturados / Crédito: Wikimedia Commons

A morte de Hitler 

Ainda que o historiador e autor da obra Os Últimos Dias de Hitler (1947), Hugh Trevor-Roper, tenha alegado que a decisão do ditador alemão era “firme” desde o início, sinalizando que assim que o nazista se escondeu no bunker seu destino estava selado, informações cruciais sustentam a tese de que Hitler tinha medo de acabar como Mussolini

Um dos pontos mais relevantes para entender a teoria vem de uma fala de Hermann Göring, membro do alto escalão do Partido Nazista. Durante os julgamentos de Nuremberg, no ano de 1946, o aliado do Führer afirmou que ao saber da morte do ditador fascista, Hitler proclamou “Isso nunca vai acontecer comigo”. 

Ainda naquele 29 de abril de 1945, Adolf redigiu seu testamento, com uma referência clara ao episódio envolvendo Benito e seus comparsas. “Não desejo cair nas mãos de um inimigo que exige um novo espetáculo organizado pelos judeus para o divertimento de suas massas histéricas”, registrou o nazista, segundo a  Foreign Policy.

Uma das salas do bunker / Crédito: Getty Images

Mais uma prova de que Hitler estava tentando, a todo custo, evitar que os inimigos tivessem chance de chegar perto de seu cadáver foi sua decisão após tirar sua própria vida, junto a recém-esposa, Eva Braun

A ordem era para que, depois do suicídio, seu corpo fosse incinerado; o que se tornou realidade. Assim, quando as tropas soviéticas entraram no bunker, já não havia vestígios suficientes para depredar.  

Por um lado, a ação de Hitler auxiliou os aliados evitarem que o corpo — ou o túmulo — se tornasse, mais tarde, um local de peregrinação para membros resistentes do Partido Nazista; como aconteceram com Mussolini.

Porém, o ditador alemão também se livrou se sofrer a ira de todos que eram contra seu regime, marcado pelo ódio e perseguição. 


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