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Matérias / Brasil

A mulher que guardava o código secreto de Chico Xavier

Kátia Maria foi "guardiã" de uma mensagem que recebeu oito anos antes da morte do médium — e que levou para o túmulo

Redação Publicado em 22/05/2022, às 07h00 - Atualizado em 15/07/2022, às 16h00

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Kátia Maria e o médium Chico Xavier - Divulgação/TV Integração
Kátia Maria e o médium Chico Xavier - Divulgação/TV Integração

Chico Xavier morreu em 2002, em Uberaba, Minas Gerais. O médium, um dos principais expoentes do Espiritismo no Brasil, se foi nos braços de uma grande amiga e também vizinha, Kátia Maria, com quem, oito anos antes, havia deixado um segredo.

A mulher guardava consigo um código que garantiria a autenticidade de uma carta — ou qualquer outro tipo de manifestação — que seria enviada por Chico já do plano espiritual, após sua morte — ou, como chamam os espíritas, seu desencarno.

Além de Kátia, mais duas pessoas da cidade, situada no Triângulo Mineiro, receberam a mensagem do médium, que, embora tivesse deixado tudo preparado para se comunicar novamente, deixou claro que passaria um bom tempo sem se manifestar.

Segundo amigos do espírita, as mensagens supostamente enviadas por ele ao longo dos dez anos após sua morte seriam falsas. Isso porque Xavier iria “aposentar o lápis e o papel”, como descreveu o portal g1 há dez anos.

Crédito: Divulgação/TV Integração

Em 1994, também recebeu o enigmático código do médium o filho adotivo dele, Eurípedes Higino Reis, que garantiu que levará o segredo para o túmulo. Ele também revelou que a senha é única.

Amigo a gente não trai. Amigo a gente guarda no coração. E como é muito difícil ter amigos nos nossos dias, imagine um amigo diferente como o Chico Xavier”, disse Eurípedes à publicação em 2012.

“Tenho certeza de que nenhum dos três trairia a lealdade que ele teve conosco. E tenho ainda mais certeza de que ele tem essa lealdade do lado de lá, nos olhando sempre", acrescentou.

Ele continuou: "Acredito, como ele nos dizia, que tudo o que ele tivesse de escrever estava escrito. Ele está se manifestando e continuará se manifestando de várias maneiras. Pessoas nos contam que sonharam com ele, que viram ele, sentiram a presença dele. O que ele comentava era com a psicografia, com a escrita, a manifestação não iria acontecer".

O médico Eurípedes Tahan, que também morava em Uberaba, assim como a amiga e filho do médium, completava o time de pessoas escolhidas para saber e guardar a misteriosa senha de Chico Xavier. Ele morreu em 2017, aos 81 anos. 

"Alguns meses antes dele partir ele nos deu uma maneira de podermos identificar alguma palavra que ele viesse a nos trazer. Tudo o que já foi feito está aqui. Se ele não se manifestar é porque não há necessidade", explicou.

Em 2017, ainda disse: "A comunicação dele, para mim, ainda são os livros que ele deixou. Se ele se comunicasse, eu teria certeza que saberia que é ele, porque tivemos um convívio por mais de 50 anos".

Morte de Kátia

Kátia morreu no dia 18 de dezembro de 2012, levando o segredo do código do médium junto consigo para o túmulo. "O que ele deixou foi segredo. E ela levou consigo", afirmou, na época, a irmã dela, Josélia de Faria Alberto.

A mulher havia passado por duas cirurgias em uma mesma semana de setembro daquele ano, retirando 304 pedras pequenas e três grandes da vesícula, além de precisar tratar uma diverticulite. Recuperou-se, mas passou a ter anemia e a doença se agravou novamente.

Sobre a morte de Xavier em seus braços, Kátia sempre dizia: "Não me apavorei. Com certeza ele já estava me preparando para isso, pois fiquei calma e tranquila".

Segundo o filho adotivo do médium, a morte da amiga do pai não compromete a senha, que continua a ser guardada. Admiradores do espírita e da doutrina continuam esperando por sua manifestação, que supostamente ainda não aconteceu.