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Matérias / Segunda Guerra

Neste dia, em 1941, era realizado o mais covarde ataque nazista na Grã-Bretanha

O ataque, chamado de Belfast Blits, durou quase um dia inteiro, e os norte-irlandeses não emitiram nenhum tipo de resistência, uma vez que acreditavam estarem longe da ação da guerra

Caio Tortamano Publicado em 15/04/2020, às 07h00

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Cidade de Belfast destruída depois de bombardeio - Divulgação
Cidade de Belfast destruída depois de bombardeio - Divulgação

A cidade de Belfast, na Irlanda do Norte, por mais que não estivesse no centro dos conflitos da Segunda Guerra Mundial, tinha como característica o interesse dos britânicos em utilizar os seus portos e fábricas como forma de sustentar as tropas Aliadas.

O porto foi responsável pela construção de diversos barcos, armamentos e aeronaves que foram usadas no curso da guerra, e por essas razões os nazistas acreditaram que atacar a cidade seria um alvo e tanto para se destruir. No dia 7 de abril de 1941, um pequeno ataque aéreo foi lançado sobre Belfast, mas pouco dano foi causado — muito provavelmente só para testar as defesas irlandesas.

O mais terrível incidente, entretanto, aconteceu na terça-feira de Páscoa, dia 15 de abril de 1941. Cidadãos locais estavam assistindo uma partida de futebol no estádio Windsor Park, quando repararam na presença de uma aeronave alemã rondando o céu da cidade.

Mal eles sabiam que haviam 150 bombardeiros saindo do norte da França e da Holanda dominada pelos nazistas em direção a Belfast. Às 10h40 da manhã, as sirenes da cidade avisavam: um ataque aéreo estava por vir.

Início dos Ataques

O primeiro ataque foi direcionado ao sistema hidráulico da capital da Irlanda do Norte, e o exército irlandês achava que tinha sido um engano, já que os navios ingleses estavam no porto e poderiam ter confundido pela quantidade de água. Porém, o bombardeio se mostrou estratégico, já que, mais tarde, bombas incendiárias seriam jogadas na cidade e não teria água para controlar o fogo.

As bombas foram certeiras, e destruíram estruturas vitais da cidade, tais como a prefeitura, o Ulster Hospital para Crianças e Mulheres, além de escolas e universidades. A maior parte das ruas centrais foi destruída pelos incessantes bombardeios, a rua Burke, inclusive, simplesmente sumiu do mapa depois do ataque, com todas as casas destruídas e seus moradores mortos.

Não houve nenhuma resistência pelas forças irlandesas, que nem imaginavam ser um alvo para os nazistas, muito menos com a força implacável com que atacaram a cidade. 55 mil casas foram destruídas, deixando pelo menos 100 mil pessoas desabrigadas. 

Vítimas

Fora de Londres, esse bombardeio teve o maior número de vítimas do chamado Blitz alemão — a campanha militar de bombardeamento da Grã Bretanha. 900 vítimas fatais, além de outros 1.500 feridos, dos quais 400 se machucaram gravemente.

Os norte-irlandeses tiveram que pedir ajuda da Irlanda para conseguir qualquer tipo de apoio, uma vez que Belfast parecia um grande campo de guerras, completamente incendiada e destruída.

As proporções dos ataques foram potencializadas pela falta de abrigos de bombas na cidade, e um dos abrigos antiaéreos da cidade foi atingido certeiramente por um dos explosivos, matando todas as pessoas dentro dele. 

Muitos cidadãos se abrigaram em suas próprias casas, embaixo das escadas, e os que tiveram sorte de não serem atingidos diretamente ou terem suas casas incendiadas tiveram que passar por escombros ao fim dos bombardeios.

35 pessoas morreram dentro de um moinho que colapsou com os ataques, e outras tantas foram mortas pela parede de um outro moinho que caiu e destruiu as casas que ficavam ao pé da estrutura.

300 pessoas se abrigaram na cripta no Monastério Clonard, que abriu suas portas para todas que moravam nos arredores. Os serviços mortuários só conseguiam lidar com metade dos mortos, 150 corpos ficaram pelo menos três dias nas ruas de Belfast antes de serem enterrados em uma cova comunitária.

Monastério Clonard / Crédito: Divulgação

Resultado

A situação envolveu também as cidades vizinhas de Belfast, já que muitos fugiram da região que estava completamente vazia. Nas semanas seguintes ao ataque, a pequena cidade de Dromara, até então com 500 habitantes, teve sua população elevada para 2.500 em questão de dias.

A mídia oficial alemã apoiou o feito, se vangloriando de ter acessado um dos “últimos locais escondidos da Inglaterra”, ainda afirmando que “aonde quer que Churchill se esconda, nós iremos”. Essa investida custou a vida de centenas de civis que, até então, não se imaginavam inseridos no horror da guerra.


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