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Matérias / Brasil

Neste dia, em 2011, tomava posse a primeira presidente mulher do Brasil

Com a presença de 1,4 mil convidados, Dilma Rousseff assumiu o cargo de presidente da República do Brasil no Plenário do Congresso Nacional

Daniela Bazi Publicado em 01/01/2020, às 08h00

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Dilma em seu discurso oficial no dia de sua posse - Wikimedia Commons
Dilma em seu discurso oficial no dia de sua posse - Wikimedia Commons

O dia 1º de janeiro de 2011 marcou a posse da primeira mulher eleita para o cargo de presidente da República do Brasil. Durante o tradicional desfile até o Congresso Nacional, Dilma Rousseff estava cercada por seguranças mulheres e acompanhada de sua filha, Paula. 

Eleita com 56,05% dos votos válidos contra 43,95% de seu oponente, o candidato José Serra do PSDB, Dilma tinha como promessas de campanha a reforma política, o equilíbrio macroeconômico, a realização de mudanças tributárias, o comprometimento com as metas ecológicas, o acesso formal ao mercado de trabalho, a criação de mais vagas no ensino público e o projeto Minha Casa, Minha Vida. 

Dilma Rousseff e sua filha Paula, no dia de sua posse presidencial / Créditos: Wikimedia Commons

Durante sua posse, a intensa chuva impediu que a nova presidente subisse a rampa do Congresso, forçando Dilma a entrar pela área coberta do prédio. Dentro do Plenário, encontravam-se cerca de 1,4 mil convidados à sua espera para acompanhar a leitura do compromisso de posse.

Em seu primeiro discurso direcionado ao público, Rousseff começou fazendo referência às mulheres. “Pela decisão soberana do povo, hoje será a primeira vez que a faixa presidencial cingirá o ombro de uma mulher”, disse a presidente. 

Além disso, Dilma relembrou as conquistas de seus antecessores, reafirmou seus compromissos com o povo, defendeu a liberdade de expressão, comentou sobre a oposição e fez um desabafo sobre sua luta durante a ditadura

Dilma recebendo a faixa presidencial do ex-presidente Lula / Créditos: Wikimedia Commons

Em sua declaração sobre esse tempo sombrio em sua vida, a mais nova presidente comentou “Dediquei toda minha vida à causa do Brasil. Entreguei, como muitos aqui presentes, minha juventude ao sonho de um país justo e democrático. Suportei as adversidades mais extremas infligidas a todos que ousamos enfrentar o arbítrio. Não tenho qualquer arrependimento, tampouco não tenho ressentimento ou rancor. Muitos da minha geração que tombaram pelo caminho não podem compartilhar a alegria deste momento. Divido com eles esta conquista e rendo-lhes minha homenagem”.

No mesmo ano, Dilma foi incluída na lista das 100 personalidades mais influentes do planeta feito pela revista Time, estando em terceiro como a mulher mais poderosa, e em 22º no geral. Além disso, ainda em 2011, também se tornou a primeira mulher a abrir a Assembleia Geral da ONU, realizada em Nova Iorque. 

Entretanto, em 2016, durante seu segundo mandato, o então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, acolheu o pedido de impeachment contra Dilma. O processo teve sua abertura aprovada pelo Senado Federal em 12 de maio, fazendo com que Rousseff se afastasse do cargo e seu vice, Michel Temer, assumisse interinamente.

Dilma estava sendo acusada pelo crime de responsabilidade onde, segundo a denúncia, ela teria ordenado que créditos suplementares fossem editados sem a aprovação do Senado, e que teria realizado uma operação de crédito com instituição financeira controlada pela União. 

Em 31 de agosto de 2016, foi aprovado pelos senadores a destituição de Dilma Rousseff do cargo de presidente da República do Brasil. A sessão foi comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, e contou com 61 votos a favor da perda do mandato. 

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À sombra do poder: Os bastidores da crise que derrubou Dilma Rousseff, Rodrigo de Almeida (2016)

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A Vida Quer É Coragem - A tragetória de Dilma Rousseff, a primeira presidenta do Brasil, Ricardo Batista Amaral (2011)

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Dilma Rousseff e o ódio político, Tales Ab'Sáber (2015)

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A queda de Dilma, Ricardo Westin (2017)

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