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Matérias / Brasil

No Brasil República, o desenvolvimento urbano trouxe acesso e diversidade à moda

A moda no Brasil na virada do século 19 para o século 20 acompanha a proliferação de centros de comércio que diversificam seus produtos para abastecer grupos de poder

Laura Wie (@laura_wie), especialista em História da Moda Publicado em 11/09/2021, às 09h00

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Uma das pinturas que retratam Deodoro da Fonseca - Domínio Público/Henrique Bernardelli
Uma das pinturas que retratam Deodoro da Fonseca - Domínio Público/Henrique Bernardelli

A série em podcast “A Moda no Brasil” acompanha a trajetória do vestuário a partir da chegada da família real em nossas terras. No último episódio, o foco foi a influência europeia no estilo e vestes do imperador Dom Pedro II e da imperatriz Teresa Cristina que, por sua vez, inspiravam a sociedade brasileira na segunda metade do século 19.

Membros do Segundo Reinado /Crédito: Arquivo Nacional, via Wikimedia Commons

Já neste segundo capítulo, eu vou levar você até a Primeira República, também chamada de “República Velha”, que se estendeu de 15 de novembro de 1889 - com o fim da monarquia - até a Revolução de 1930.

Um período que reafirmou o poder econômico e político de grupos que lideravam o agronegócio e a exportação das mais importantes commodities da época.

Nos engenhos do Nordeste comercializavam o açúcar; no Rio Grande do Sul concentravam gado; na região da Amazônia comandavam a extração da borracha e, acima de tudo, conduziam a extraordinária produção cafeeira no Sudeste.

Crédito: Divulgação, via prevista da Fapesp

Atividades de uma economia bem-sucedida que se desdobraram na formação de uma elite rica e educada, em que se encontravam os Barões do Café. O surgimento de uma classe exigente e consumidora de bens e produtos foi a consequência natural.

A moda era um dos itens mais importantes para o posicionamento social e cultural destas oligarquias (as famílias que concentravam a hegemonia político-econômica do Brasil).

A Proclamação da República /Crédito: Wikimedia Commons

Desejando propagar um ar aristocrático que impunha respeito e civilidade, os senhores das terras investiam em vestuários formais. Os trajes masculinos apresentavam elegância e distinção, mas eram as roupas das mulheres e filhos que comprovavam - com a possibilidade de um número sem fim de enfeites e detalhes em vestidos e tecidos importados – a alta classe social da qual faziam parte.

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Crédito: Divulgação, via SP Antiga

E foram os imigrantes de vários países, incluindo Portugal, Alemanha, Itália, Síria, Líbano e Japão entre outros, que dedicaram a sua mão de obra para alavancar o progresso em nosso país: muitos se voltaram para o cultivo de terras e outros trouxeram o seu conhecimento prévio para o desenvolvimento técnico, industrial e de infraestrutura do Brasil. Novos modelos de comércio de roupas surgiram neste cenário.

Saiba mais sobre as vestimentas da época no segundo episódio de nosso podcast: “A Moda no Brasil Republicano”.