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Matérias / Ásia

Ativista Nobel da Paz defenderá Mianmar em caso de genocídio étnico

Aung San Suu Kyi, líder do Conselho de Estado do país, é criticada por não atuar contra a morte de inocentes de minoria muçulmana

André Nogueira Publicado em 10/12/2019, às 11h20

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Aung San Suu Kyi é filha do Pai da Birmânia moderna - Getty Images
Aung San Suu Kyi é filha do Pai da Birmânia moderna - Getty Images

A líder birmanesa Aung San Suu Kyi chegou a Haia nessa terça-feira, 10,  para prestar contas em relação ao genocídio contra os Rohingya no Mianmar, de maioria budista. Embora não tenha se pronunciado, a ativista comandará a defesa do país no tribunal da ONU.

É a primeira tentativa legal de levar o governo birmanês ao tribunal após os assassinatos da minoria étnica muçulmana iniciados em 2017 no Estado de Rakhine, por pedido protocolado pela Gâmbia na Corte Internacional de Justiça.

O Exército birmanês é apontado como o principal responsável, mas Aung San é bastante criticada por sua inação como Conselheira de Estado.

"É totalmente sem precedentes que um líder político como Aung San Suu Kyi assuma um papel de liderança em um processo legal no Corte Internacional. Legalmente, pode ser contraproducente para Suu Kyi assumir esse papel, pois parece que ela está politizando o caso”, disse o comissário da CIJ Reed Brody ao Al Jazeera.

"O ICJ exala tradição e protocolo diplomático e duvido que os juízes fiquem impressionados com grupos de turistas que chegam de Mianmar para apoiar o governo". De acordo com o governo do Mianmar, não existe um genocídio: as violências ocorridas no estado em questão ocorreram contra militantes perigosos que ameaçavam o país. Grupos de direitos humanos, por sua vez, afirmam que o Exército praticou abusos sistemáticos contra a minoria étnica.

Segundo a acusação, a morte dos muçulmanos no país e a migração em massa de 700.000 rohingyas para Bangladesh em 2017 têm pretensões genocidas. Para o complexo julgamento, foram escolhidos o juiz sul-africano Navanethem Pillay e o professor de direito alemão Claus Kress. Ainda se discute se é papel da Corte julgar um caso de genocídio.