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Matérias / Personagem

Noela Rukundo, a mulher que compareceu ao próprio funeral para se vingar do marido

Após ter uma recompensa colocada em sua cabeça, a impressionante desventura da africana chamou a atenção da imprensa internacional

Wallacy Ferrari Publicado em 05/11/2020, às 13h23

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Noela em entrevista a emissora americana - Divulgação / ABC TV
Noela em entrevista a emissora americana - Divulgação / ABC TV

Em fevereiro de 2015, um grande funeral foi organizado para Noela Rukundo. As informações obtidas pelos parentes ainda eram inconclusivas; a mãe de oito filhos havia falecido após um acidente trágico, sem haver a possibilidade de enterrar o corpo pelo estado de conservação e pelo violento impacto. Todas as informações sobre o óbito eram informadas pelo marido da mulher aos familiares.

Residentes na Austrália, Balenga Kalala era casado com a africana e convocou os parentes e vizinhos para fazer uma cerimônia pelo último adeus e para prestar condolências, organizada na própria residência da família. O duradouro evento, contando com flores, imagens da amiga querida e muito choro, no entanto, foi interrompido por uma surpresa positiva.

Noela entrou pela porta da frente no encerramento da cerimônia, quando boa parte dos amigos e familiares já haviam se despedido. Para Balenga, no entanto, a surpresa era assustadoramente negativa, sendo confundida com um fantasma. Para o azar do companheiro, ela não havia morrido — conforme por ele desejado.

Noela e o marido / Crédito: Crédito: Divulgação

Desventura digna de Hollywood

No início do mesmo mês, Noela havia viajado para Bujumbura, em Burundi, seu país-natal, para um enterro de uma parente. A africana ficou hospedada em um hotel, mas não notou uma estranha movimentação no quarteirão. Longe do marido e abalada com o óbito da familiar, a moça ligou para o companheiro que, por sua vez, orientou a mesma a descer e tomar um ar.

O momento de calmaria, no entanto, foi interrompido por um choque; um grupo de homens armador abordou Noela, encapuzou sua cabeça e a levou a força até um cativeiro, onde foi amarrada. Ao chegar, foi interrogada pelos homens sobre o que ela fez para o homem solicitar sua morte. Sem entender qual era o homem, a africana perguntou o nome: “Balenga Kalala”, disse a dupla.

Noela não apenas explicou que era esposa e tinha tido filhos com o rapaz, como garantiu que não tinha problemas maritais ou extraconjugais. Quando se convenceram, os criminosos ligaram para o marido para comprovar a ordem, orientando Noela a ouvir em silêncio. No final da chamada, o pedido: “Mate-a”, disse Kalala.

O grupo, no entanto, não concordou com a solicitação; preferiu pegar o dinheiro e explicou para a refém que não tinha interesse em matar mulheres e crianças. A jovem permaneceu mais dois dias no cativeiro para despistar seu desaparecimento, posteriormente a deixando na beira de uma estrada — mas antes, a entregaram um cartão de memória com todas as provas contra o marido.

Fotografia pessoal de Balenga Kalala / Crédito: Divulgação

Retorno triunfal

Após a liberação do grupo, Noela se reestabeleceu a tempo de pegar o voo de volta para a  Austrália. Conseguiu também ir até sua residência, mas aguardou a saída dos familiares da cerimônia de despedida. Assim que entrou, abusou do deboche: “Surpresa! Eu ainda estou viva!”, disse ao marido, acionando a polícia ao local logo depois

Em choque, Balenga confessou o crime e a polícia teve o cartão de memória com as conversas e transações entregue, resultando na prisão preventiva do rapaz. Em dezembro do mesmo ano, Kalala foi condenado a nove anos de prisão, além de ser proibido de se aproximar da ex-esposa.

Atualmente, Noela ainda vive em Melbourne, porém, afirmou, em entrevista à BBC, que tem problemas com a comunidade africana na Austrália, que critica a emboscada feita contra o ex-companheiro, causando sua condenação. Vivendo sozinha com os oito filhos, ela abstrai as críticas e fica feliz em estar viva: “Eu ainda sou uma mulher forte”.


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