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Matérias / Pré-História

Para conseguir sexo, espécies humanas pré-históricas tinham um curioso truque

Novo estudo sugere técnica facial utilizada por Neandertais para atrair parceiros de acasalamento

Alana Sousa Publicado em 09/12/2019, às 16h00

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Reconstrução de cenário de sexo dos Neandertais - Divulgação
Reconstrução de cenário de sexo dos Neandertais - Divulgação

Um novo estudo, publicado na revista científica Science Advances, apresenta uma análise que prova que humanos pré-históricos utilizavam de expressões faciais amigáveis para atrair parceiros mais pacíficos para acasalar. Esta é a primeira vez que a teoria de auto-domesticação é validada, mostrando-se fundamental para a evolução das espécies e como isso até hoje influencia a forma de nos relacionarmos com outras pessoas.

A equipe da Universidade de Milão, liderada por Matteo Zanella apresenta no artigo a pesquisa realizada em amostras genéticas de Neandertais, na qual as mutações genéticas são examinadas para entender como elas contribuíram para a auto-domesticação, na qual levou os seres humanos a “auto-selecionar parceiros menos agressivos”.

A auto-domesticação é o termo usado para se referir a padrões comportamentais de animais selvagens que mudaram com a evolução, sem a intervenção humana. A equipe de Milão sugere que expressões faciais mais acolhedoras e amigáveis, como um leve sorriso, tiveram um papel essencial para o desenvolvimento da síndrome de Williams-Beuren, que deixa a boca mais larga e o nariz menor, o que hoje identificamos como uma face gentil.

Um gene específico é tido como o responsável por regular as partes do cérebro que controlam as expressões faciais. Conhecido como BAZ1B, os cientistas descobriram que esse gene está ausente nas amostras de Neandertais e Denisovanos, as práticas de acasalamento seletivo da espécie levaram à transformação do BAZ1B.

Zanella explica que as alterações faciais fazem “parte de um processo de redução da agressão reativa”, pelo qual o “perfil cooperativo e pró-social” humano foram aumentados. Hoje, segundo os especialistas, isso pode ser observado na forma que a “sensibilidade emocional e social” é importante para a nossa espécie. No cotidiano aplicamos essa mutação no modo como enxergamos um sorriso como um sinal universal de simpatia.