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Matérias / Bizarro

Nove anos fora do mapa: o bizarro caso do navio fantasma de Mianmar

Descoberta na costa do país sul-asiático em 2018, a enorme embarcação estava vazia não tinha registros desde 2009

Pamela Malva Publicado em 19/01/2021, às 17h34

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Imagem meramente ilustrativa de navio abandonado - Divulgação/Pixabay
Imagem meramente ilustrativa de navio abandonado - Divulgação/Pixabay

Histórias de navios enormes e suntuosos, com trajetórias que não terminam como planejado, fazem bastante sucesso no cinema. Lançado em 2002, por exemplo, o longa “Navio Fantasma” narra a descoberta de uma embarcação abandonada.

Na trama, antes conhecido como Antonia Graza, o barco que carregava passageiros nos anos 1960 é encontrado flutuando em uma região remota do Mar de Bering. Quando tentam rebocar o navio, no entanto, as equipes de resgate percebem algo macabro.

Fora das telas, os acontecimentos do filme de terror não são tão comuns, é claro. Mas existem casos de navios fantasma tão misteriosos quanto o do longa, que geram uma enorme curiosidade naqueles que os encontram, como foi com o Sam Ratulangi PB 1600.

Cena do filme "Navio fantasma", de 2002 / Crédito: Divulgação

Um achado impressionante

Em agosto de 2018, pescadores caminhavam pelo litoral de Mianmar, país sul-asiático, quando identificaram uma gigantesca embarcação perto da costa. Preto e vermelho, o imponente navio tinha mais de 177 metros de comprimento.

Registrado como um porta-contêineres, contudo, o barco estava completamente vazio. Sem carregamento ou tripulantes, o Sam Ratulangi PB 1600 era um verdadeiro navio fantasma. Assim, as autoridades foram chamadas para investigá-lo.

Logo que chegaram ao local, os oficiais se assustaram com o tamanho do navio. Para eles, não fazia sentido que uma embarcação daquele porte fosse parar em Mianmar, ainda que estivesse próximo de Rangum, a capital econômica do país.

Fotografia de Mandalay, a segunda maior cidade de Myanmar / Crédito: Wikimedia Commons

Pesquisas e procuras

Com a ajuda do site Marine Traffic, que registra o movimento dos navios pelo mundo, os investigadores conseguiram descobrir mais sobre a origem do barco. Nesse sentido, a embarcação construída em 2001 foi registrada pela última vez em Taiwan, em 2009.

Apesar das investigações, demorou pouco mais de uma semana até que as autoridades tivesse alguma pista que pudessem seguir. Por sorte, contudo, eles encontraram enormes cabos na região onde o navio foi encontrado.

Assim, algumas teorias puderam ser traçadas e, em questão de  dias, a mais aceita delas foi comprovada. Teoricamente, o Sam Ratulangi PB 1600 deveria ser destruído, mas ele acabou saindo da rota planejada e se perdeu em Mianmar.

Fotografia do gigantesco Sam Ratulangi PB 1600 / Crédito: Divulgação/Polícia de Rangum

Mistérios ao mar

Acontece que, segundo a marinha do país, o enorme navio cargueiro estava sendo guiado até uma fábrica de demolição em Bangladesh. Durante a viagem, contudo, o navio que rebocava o Sam Ratulangi PB 1600 atravessou uma tempestade.

Com as águas revoltas e os fortes ventos, os cabos que uniam ambas as embarcações se romperam, fazendo que os navios perdessem contato. Dessa forma, a tripulação do rebocador decidiu que abandonar o porta-contêineres era o melhor a se fazer.

A cerca de 80 km de Mianmar, então, o rebocador responsável pelo transporte do navio fantasma foi encontrado. Os 13 membros da tripulação do Independence foram interrogados e descobriu-se que o enorme navio cargueiro foi perdido em 13 de agosto.

Fotografia do Sam Ratulangi PB 1600 vazio por dentro / Crédito: Divulgação/Polícia de Rangum

Pistas largadas ao vento

Por mais que tenha sido supostamente resolvido, o caso do Sam Ratulangi PB 1600 tem algumas complicações que vão além de sua descoberta. Segundo o site Eleven Myanmar, o rebocador que abandonou o navio nas águas de Mianmar pertencia a um empreendedor malasiano, mas sua identidade nunca foi confirmada.

Além disso, a própria empresa para onde o porta-contêineres deveria ser levado é, de certa forma, misteriosa. Isso porque, segundo denúncias, a empresa de demolição oferece baixos salários para seus funcionários, cujas funções são bastante perigosas.

O maior dos mistérios, contudo, diz respeito ao motivo do barco ter sido enviado ao demolidor, ainda que o trajeto não tenha sido concluído. Isso sem contar o enorme período entre seu último registro (2009) e sua descoberta (2018). Ele, afinal, era um barco enorme, que acabou perdido na costa de um país no sul da Ásia.


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