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Matérias / Hollywood

O amor proibido entre Rock Hudson, queridinho de Hollywood, e Lee Garlinton

O astro dos anos 50, não podia revelar sua sexualidade para ninguém; tudo foi um segredo até seus dias finais, em 1985

Paola Churchill Publicado em 25/04/2020, às 09h00

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Rock Hudson ao lado de seu grande amor, Lee Garlinton - Divulgação/Youtube
Rock Hudson ao lado de seu grande amor, Lee Garlinton - Divulgação/Youtube

Rock Hudson arrancava suspiros das mulheres nos anos 50. O astro, que sempre atuava como protagonista de comédias românticas, tornou-se o queridinho do público feminino que lotava as salas para ver os filmes que ele estrelava.

No entanto, se na grande tela Rock parecia um grande galanteador, na vida real, escondia um segredo que ele nunca poderia revelar: sua própria sexualidade. Enquanto sua carreira estava em ascensão, o ator e seu agente Henry Willson faziam de tudo para manter a vida privada do astro longe dos holofotes. Isso porque, na época, um homem gay não tinha lugar em Hollywood.

Rock Hudson e Julie Andrews no filme Lili, Minha Adorável Espiã, de 1970/Crédito: Wikimedia Commons 

Por mais que quisesse esconder, a vida íntima de Hudson era conhecida por seus colegas de elenco, como Elizabeth Taylor e Mia Farrow. Em 1955, seu pior pesadelo veio à tona: a revista Confidential ameaçou expor o segredo do astro para o mundo inteiro. Apavorado, Wilson teve que gastar milhares de dólares para calar o veículo.

Logo após o incidente, Hudson se casou com a secretária de Wilson, Phyllis Gates. A mulher afirmava que eles namoravam há meses, e que estavam morando juntos quando foi surpreendida com uma proposta de casamento. Sem pensar duas vezes, aceitou por amor.

No entanto, o episódio era mais uma tentativa de impedir que a verdade fosse revelada. O matrimônio não durou muito tempo, e em 1958, alegando divergências inconciliáveis os dois se separaram. Gates recebeu uma boa pensão alimentícia e nunca mais se casou.

Rock Hudson era o galã do cinema dos anos 50/Crédito: Wikimedia Commons

Então divorciado, em 1962, Hudson conheceu o grande amor de sua vida: o corretor de ações, Lee Garlinton. O homem trabalhava como figurante de um dos filmes de Rock e tinha a curiosidade de saber se os rumores eram verdadeiros, então esperou o artista na porta dos estúdios Universal. Em 2015, o companheiro chegou a afirmar em entrevista à People que "Ele saiu e andou pela rua. Olhou para trás uma vez. Foi isso”. Assim começaria uma grande história de amor proibida.

Meses depois, Garlinton foi convidado para uma festa na mansão do ator, em Beverly Hills. "Eu estava morrendo de medo. Ele era enorme, um monstro e me ofereceu uma cerveja, mas nada aconteceu. Literalmente. Eu estava muito nervoso. Ele disse 'bom, vamos ficar juntos'. E nós ficamos”.

Casamento de Rock Hudson e Phyllys Gates/Crédito: Divulgação/Pinterest 

Os dois faziam de tudo para esconder o namoro: Lee ia embora da casa do galã de madrugada, com o motor do carro desligado, para os vizinhos não escutarem nada, iam a pré-estreias juntos, mas cada um levava uma mulher como acompanhante, para não levantar suspeitas.

“Nós todos fingíamos ser heterossexuais. Uma vez, conhecemos Paul Newman e a mulher dele em uma pré-estreia. Ele olhou para mim e sorriu. Eu li no rosto dele que talvez ele soubesse que Rock e eu estávamos juntos. Nós meio que rimos disso”.

Todavia, o relacionamento acabou em 1965, não pela falta de amor, mas Lee queria algo diferente na vida dele. Rock ficou arrasado, mas aceitou a decisão do companheiro.

Décadas depois, o artista chocou Hollywood. Após sua morte, foi revelado outro segredo: o ator tinha HIV e faleceu devido a complicações da doença. Lee tentou se despedir do grande amor, mas foi impedido pelos cuidadores da estrela “disseram que ele estava tão doente que não se lembraria de quem eu era, e que era melhor eu lembrar como ele era antes”.

Assim que morreu, uma biografia de Hudson foi lançada, nela foi revelada toda a verdade. As duas pessoas que o ator que o ator amou na vida foram a sua mãe e Lee Garlinton. Assim que se deparou com o trecho, o corretor aposentado não conseguiu conter as lágrimas, pois sabia que tinha vivido uma das maiores histórias de amor de Hollywood, mesmo que em segredo.


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