Em 1976, o cadáver de uma mulher foi encontrado nos EUA com evidentes sinais de agressão e estupro. Até hoje, inúmeras investigações são realizadas, mas a sua identidade permanece uma incógnita
No dia 12 de setembro de 1976, um crime chocou os EUA. O corpo de uma mulher foi encontrado enrolado num lençol branco em Woodlawn, Maryland. A condição do cadáver não permitia uma estimativa precisa, fazendo com que os legistas calculassem que ela tinha entre 15 e 30 anos quando morreu.
As marcas em seu corpo reveleram que a mulher foi espancada, estrangulada e brutalmente estuprada na ocasião. Como consequência do estupro e das agressões, seu corpo estava ensanguentado.
De acordo com as investigações, a mulher teria sido morta em um local mais distante e depois transferida para Dogwood Road, próximo de um cemitério em Baltimore, Maryland. Seus braços foram amarrados com força para trás.
A vítima foi encontrada enrolada, com um colar de pedra azul-turquesa, e amarrada com uma fita de couro. Duas chaves de latão, provavelmente de sua casa, estavam presas a um alfinete de segurança em seu bolso, de uma calça jeans ocre. Ela usava uma camiseta branca e marrom, sutiã branco e meias listradas de múltiplas cores. Próximo ao corpo, foi encontrado um pé de mocassim.
Sobre seu rosto, haviam enrolado duas bandanas — uma branca e azul e outra branca e laranja — e uma bolsa. O acessório laranja foi cortado para que houvesse buracos na região dos olhos e do nariz.
Além disso, foi encontrado um pedaço da bolsa entalado em sua garganta, o que foi , indicado na autópsia, como causa da morte, junto com estrangulamento e impedimento do fluxo do oxigênio no cérebro. Na bolsa encontrada, estava a inscrição da marca Farm bureau Association Grass Seed (cuja produção de bolsas já havia sido encerrada).
Em seu estômago, foram encontradas grandes quantidades da droga clorpromazina, usada no tratamento de esquizofrenia e que tem efeito sedativo. Graças à descoberta, surgiram suspeitas de que o crime tenha relação com um hospital psiquiátrico — o lençol envolvido sobre o corpo é amplamente utilizado em instituições de internação.
Antes da morte, a vítima havia passado por um tratamento odontológico, em que foram extraídos três molares e feitas cinco obturações. Como as intervenções do dentista foram percebidas na autópsia, foi excluída a possibilidade de se tratar de uma pessoa pobre.
A vítima também tinha duas letras tatuadas no braço esquerdo, provavelmente iniciais (JP, SS, JB ou alguma combinação parecida, de difícil identificação), as orelhas furadas e uma cicatriz profunda na parte superior da coxa.
As digitais e a arcada dentária foram analisadas, mas não a identidade da mulher não foi encontrada. Por isso, o caso ficou conhecido como Woodlawn (cidade onde ocorreu o crime) Jane Doe, nome dado a corpos cujo nome não se sabe.
Para que o caso fosse levado a público, o rosto da vítima foi reconstituído diversas vezes por técnicos. Há três versões criadas pelo Centro Nacional de Crianças Desaparecidas e Exploradas, além de esboços informais.
A análise do corpo indica que a moça havia passado algum tempo em uma região superpopulosa, como New York ou Boston. A presença do pólen de cedro em seu corpo apontava passagem pelo Jardim Botânico de Nova York ou pela Universidade de Harvard.
O caso passou por diversas investigações, mas o(s) assassino(s) de Jane Doe ainda é um mistério da criminalística nos EUA. Novas apurações são realizadas frequentemente para tentar desvendar o crime, mas não se sabe ao certo o que ocorreu com a moça — e nem mesmo a sua verdadeira identidade.