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Matérias / Megalodon

Megalodon: Conheça o maior tubarão que já nadou nos oceanos

Novo filme 'Megatubarão 2', que estreia nesta quinta-feira, é inspirado no gigante dos mares extinto há milhões de anos

Redação Publicado em 16/08/2020, às 09h00 - Atualizado em 02/08/2023, às 18h22

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O gigante tubarão em ilustração - Wikimedia Commons / Karen Carr
O gigante tubarão em ilustração - Wikimedia Commons / Karen Carr

A Warner Bros. divulgou, nesta quarta-feira, 2, um novo teaser de seu longa-metragem ‘Megatubarão 2’, que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 3. Dirigida por Ben Wheatley, a produção é uma sequência do filme de 2018, que levou às telonas o temível megalodon — enorme animal que habitou as profundezas dos oceanos entre aproximadamente 23 e 3,6 milhões de anos atrás. As informações são do portal CinePop. 

O rei dos oceanos

Medindo entre 10,5 e 18 metros de comprimento e pesando mais de 50 toneladas, o megalodon foi considerado o maior predador marinho da história — bem maior que o tubarão-branco, cujo comprimento médio é de "apenas" cinco metros.

Além disso, sua anatomia robusta, dentes gigantescos e mandíbula poderosa indicam que ele era um predador capaz de caçar presas de grande porte, como baleias e outros animais marinhos.

Devido a essas características, os cientistas acreditam que a espécie ocupava o topo da cadeia alimentar e que seu tamanho colossal garantia-lhe uma posição de destaque no ecossistema marinho.

Por que extinto?

A extinção do megalodon, ocorrida no final do Plioceno — última época do antigo período terciário da era Cenozoica — ainda é um mistério, no entanto, é fato que o animal não existe nos dias atuais.

Diversas teorias foram levantadas por cientistas para explicar o fenômeno. Mudanças climáticas, alterações na disponibilidade de alimentos ou mesmo a competição com outras espécies são algumas das possibilidades.

Dentes de tubarão-branco ao lado de um dente de megalodon / Crédito: Wikimedia Commons / Kalan

Um estudo publicado recentemente por cientistas da Universidade da Califórnia (UCLA) na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, entretanto, apontou uma nova possível causa.

Sangue parcialmente quente

Os especialistas conduziram uma análise minuciosa dos fósseis de dentes de megalodonte e constataram que o tubarão extinto possuía sangue parcialmente quente, com uma temperatura corporal em torno de 7°C. Essa temperatura era mais elevada do que a estimada para a água do mar na época em que a espécie habitava os oceanos.

A característica do corpo mais quente do megalodonte proporcionou a capacidade de se movimentar mais rapidamente e também de tolerar águas mais frias, o que contribuiu para sua expansão e sucesso enquanto predador.

No entanto, é provável que essa "vantagem" evolutiva tenha sido um fator determinante em sua extinção. O resfriamento global ocorrido durante esse período provocou mudanças significativas no nível do mar e no ecossistema marinho, às quais o megalodonte não conseguiu se adaptar.

Representação do megalodon no Museu da Evolução, em Puebla, México / Crédito: Wikimedia Commons / Sergiodlarosa

Evidências

Durante os estudos, os pesquisadores observaram o nível de proximidade entre os isótopos de carbono-13 e oxigênio-18, encontrados nos dentes fossilizados. A partir dessa técnica, foi possível descobrir o quão quente era o corpo do animal.

“Sabemos que o megalodonte tinha dentes cortantes gigantescos usados ​​para se alimentar de mamíferos marinhos, como cetáceos e pinípedes, com base no registro fóssil. O novo estudo é consistente com a ideia de que a evolução do sangue quente foi porta de entrada para o gigantismo do megalodonte acompanhar a alta demanda metabólica”, disse o paleobiólogo da Universidade DePaul, em Chicago, Kenshu Shimada.

“O fato de o megalodonte ter desaparecido sugere a provável vulnerabilidade de ser de sangue quente porque requer ingestão constante de alimentos para sustentar o alto metabolismo […] Possivelmente, houve mudança no ecossistema marinho devido ao resfriamento climático”, apontou.