Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Matérias / Personagem

O "bandido gato" carioca: Como se deu a morte de Pedro Dom?

O criminoso, conhecido por sua agressividade e uso de granadas para amedrontar as vítimas, tentou escapar até o último momento

Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 20/07/2021, às 20h02 - Atualizado às 20h03

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Fotografias de Pedro Dom - Divulgação / Polícia
Fotografias de Pedro Dom - Divulgação / Polícia

Pedro Dom foi um criminoso que invadiu prédios de luxo do Rio de Janeiro entre os anos de 2003 e 2004 - um período curto, porém suficiente para espalhar o medo entre moradores da região e criar uma reputação assustadora que é lembrada até hoje. 

De classe média, filho de policial, Pedro Machado Lomba Neto era viciado em cocaína e outras drogas desde adolescência. Considerado atraente (sendo por vezes apelidado de “bandido gato” nas manchetes), era capaz de se infiltrar em festas que aconteciam nos condomínios que assaltaria no futuro. 

Durante seus crimes, que cometia na companhia de pelo menos dois comparsas, ele usava a intimidação para fazer com que donos de apartamentos cariocas revelassem onde estavam seus bens de valor, como joias, eletrônicos, roupas caras e chaves de veículos. Segundo divulgado em uma matéria deste ano do G1, o assaltante foi acusado de espetar suas vítimas a ponta de uma faca. 

Ainda mais predominante que essa técnica era o uso de granadas por Dom, fingindo que iria causar uma explosão. Em seguida, ele costumava recolocar o pino, porém sua ação não deixava de ser perigosa. 

Recentemente, a Amazon Prime lançou uma série original relembrando a trajetória do criminoso, o que acabou reacendendo a discussão sobre sua vida - e sua morte, ocorrida em 14 de setembro de 2005. 

Imagem de divulgação da série Dom / Crédito: Divulgação/ Amazon Prime Vídeo

Último crime 

A polícia passou meses investigando Pedro e seu modo de atuar, um processo que envolveu inclusive a utilização de escutas telefônicas. Naquele dia de setembro, enfim, os oficiais tinham tudo que precisavam para encurralar o assaltante. 

Eles sabiam onde seria o roubo que fora planejado, qual era a rota de fuga do criminoso, e também que Dom estaria na garupa de uma moto dirigida por um parceiro. Assim, mobilizaram uma viatura descaracterizada para bloquear a saída do túnel Rebouças, um dos pontos pelo qual o carioca passaria. 

Quando o bandido percebeu a situação em que se encontrava, reagiu disparando uma granada, ação que já era esperada pela equipe que se encontrava no local. 

“Nas escutas, ele dizia que se deparasse com a polícia jogaria um abacaxi, uma bolinha, que era como o Pedro Dom se referia ao artefato. A gente se protegeu da explosão e um dos agentes atirou na roda traseira da moto", relatou o delegado Eduardo Clementino Freitas, que fez parte da operação, em uma entrevista ao G1.

Pedro acabou caindo do veículo, e seu comparsa fugiu. Mesmo a pé, o assaltante não tinha planos de se render. Ele recorreu a um prédio próximo, e passou a trocar tiros com a polícia.  

Quando os oficiais finalmente alcançaram Dom, ele estava caído próximo a uma lixeira: havia sido baleado no tórax. Em suas costas, estava a mochila que continha os espólios do último roubo. 

"Ele invadiu um prédio, mas conseguimos prender o motociclista. Uma outra equipe invadiu o prédio que ele estava. No terceiro andar, ele trocou tiros com a equipe e foi atingido. Levamos para o Hospital Miguel Couto, mas ele veio a falecer", contou o delegado Eduardo ainda, segundo repercutido pelo UOL.  O assaltante tinha então 23 anos de idade.