Mesmo tendo amigos, família e um namorado, o corpo da mulher desaparecida só foi descoberto graças ao aluguel em atraso
Quando decidiram sair da Ilha de Granada e rumar em direção a Londres, Lawrence e Lyris Vincent tinham o sonho de encontrar melhores oportunidades para criar uma família. Assim como diversos imigrantes, eles queriam que suas filhas tivessem o melhor.
Já em território europeu, o casal deu à luz e criou cinco meninas lindas, todas muito unidas. A última delas, nascida em 1965, foi Joyce Vincent. Dona de cabelos encaracolados e olhos escuros, a menina era muito carismática.
Aos 11 anos, contudo, a jovem passou por momentos traumáticos quando perdeu sua mãe a passou a ser responsabilidade de suas irmãs. Anos mais tarde, vivendo em uma vida lotada de frustrações, Joyce teve um fim trágico, que passou despercebido.
Uma vida na margem
Traumatizada com a morte de sua mãe, Joyce Vincent já não tinha mais vontade de ir para a escola. Aos 16 anos, ela abandonou a vida acadêmica e decidiu apostar todo seu tempo no mercado de trabalho.
Foi apenas com 20 anos, no entanto, que ela realmente conseguiu formar uma breve carreira. Entre 1985 e 2001, passou por diversos empregos, inclusive como tesoureira da empresa Ernst & Young, cargo do qual se demitiu por razões desconhecidas.
Em meio à vida turbulenta, Joyce entrou em um relacionamento que, segundo alguns de seus familiares, era bastante abusivo. Ela se afastou das irmãs, perdeu contato com entes queridos e passou a trabalhar como camareira em um hotel.
Encontros e desencontros
Quando já tinha 38 anos, Joyce procurou uma instituição que prestava socorro para vítimas de abuso. Sob os cuidados da Metropolitan Housing Trust, então, mudou-se para um apartamento alugado, em fevereiro de 2003.
Em novembro daquele mesmo ano, tendo metade de suas contas pagas pela instituição de caridade, a mulher foi hospitalizada devido a uma úlcera péptica. No mês seguinte, acometida por uma asma severa, Joyce faleceu de causas desconhecidas.
O motivo de sua morte nunca foi descoberto, já que o corpo dela estava em estágio avançado de decomposição quando foi achado. Ainda em seu apartamento, Joyce foi descberta apenas dois anos depois de sua morte prematura.
Lugar errado na hora errada
Quando Londres descobriu que uma mulher jovem havia morrido em seu apartamento, sendo encontrada apenas dois anos depois, a cidade ficou em choque. Ninguém teria procurado por Joyce? Ninguém sequer sentiu o cheiro do corpo já sem vida?
Segundo a polícia, a demora em encontrar o cadáver de Joyce teria sido um conjunto trágico de acidentes isolados. A começar pelas contas da mulher, que eram, em grande parte, pagas automaticamente pelo Metropolitan Housing Trust.
Sempre frequentado por dependentes químicos e jovens barulhentos, o condomínio de Joyce também não reparou na televisão que ela havia deixado ligada quando morreu. Os vizinhos também não ficaram incomodados com o cheiro do corpo, já que grandes lixeiras ficavam logo ao lado do prédio.
Uma conta que nunca chegou
Ao final dos dois anos em que ficou desaparecida, o sumiço de Joyce apenas foi notado pela empresa de aluguéis, que já registrava uma dívida de 2,4 mil libras em seu nome. No dia 25 de janeiro de 2006, procurando pela devedora, a polícia entrou no apartamento da mulher e encontrou seu corpo, já em decomposição.
Joyce estava deitada de costas, ao lado de presentes de natal que ela tinha embrulhado, mas nunca teve a chance de entregar. Os oficiais procuraram pelo namorado da mulher, mas ele nunca foi encontrado.
As irmãs de Joyce, por sua vez, afirmaram que, quando ela deixou de responder suas cartas e telefonemas, imaginaram que a caçula teria cortado relações com a família completamente. Mesmo sem qualquer notícia da irmã, elas pensavam que Joyce estava bem, cuidando de si mesma, como sempre fez.
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