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Matérias / Crimes

O caso do serial killer que levou Ashton Kutcher ao tribunal

Testemunha indireta de um assassinato cruel, o ator foi decisivo na condenação de Michael Thomas, o Estripador de Hollywood

Pamela Malva Publicado em 05/11/2020, às 20h30

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Fotografia do ator Ashton Kutcher - Wikimedia Commons
Fotografia do ator Ashton Kutcher - Wikimedia Commons

Entre os anos de 2001 e 2008, o sul da Califórnia, nos Estados Unidos, entrou em estado de puro alerta depois que alguns homicídios aconteceram na região. De repente, o nome Estripador de Hollywood começou a ser divulgado na mídia. 

Tratava-se de um assassino frio e impiedoso que usava uma simples faca para acabar com a vida de suas vítimas. Também conhecido como o Assassino de Chiller, Michael Thomas Gargiulo pensava que poderia sair impune, apesar dos crimes hediondos.

Ao final do ano de 2008, no entanto, seus homicídios foram descobertos e até mesmo o ator Ashton Kutcher foi convocado ao tribunal. O caso é considerado um grande absurdo e seu desfecho aconteceu recentemente, anos após os assassinatos.

Um homem descontrolado

Michael Thomas nasceu em Illinois, em fevereiro de 1976. Pouco conhecido da mídia, ele começou sua vida de crimes aos 17 anos. Naquela época, o garoto morava em um bairro tranquilo, cercado por vizinhos e casas típicas do subúrbio.

Em agosto de 1993, o norte-americano, que não demonstrava qualquer comportamento assustador, cometeu seu primeiro assassinato. A vítima da vez era Tricia Pacaccio, de 18 anos, uma vizinha do jovem homicida.

A garota foi encontrada pelo pai no dia seguinte ao homicídio, seu corpo sem vida jazia na porta dos fundos da casa da família. Tendo ceifado a primeira vida, Michael decidiu fugir, a fim de escapar das lentes investigativas da polícia.

Migshot de Michael Thomas / Crédito: Wikimedia Commons

Nunca para

O destino do garoto de Illinois foi a gigantesca Los Angeles, terra de oportunidades. Ele se instalou na cidade em meados de 1998 e manteve-se em silêncio para despistar quaisquer testemunhos que pudessem conectar seu nome ao assassinato.

Em 2001, no entanto, ele cometeu seu segundo crime. No dia 21 de fevereiro daquele ano, a jovem atriz Ashley Ellerin foi esfaqueada 47 vezes em sua casa, em Hollywood. O crime hediondo estampou os jornais e assustou a sociedade pela crueldade latente.

Segundo o relatório dos legistas, um dos golpes que Ashley levou quase separou sua cabeça do pescoço. O resto dos ferimentos, tão violentos quanto, perfuraram o peito, estômago e as costas da jovem, em investidas com até 15 cm de profundidade.

Frio e calculista

Durante anos, o homicídio sem solução de Ashley fez com que um certo medo se espalhasse por Los Angeles. O assassino atacaria novamente? Se sim, quando? E quem seria a próxima vítima de facadas tão truculentas?

No primeiro dia de dezembro de 2005, então, a Califórnia finalmente descobriu essas respostas. Dessa vez na área residencial de El Monte, uma segunda vizinha de Michael foi morta pelo então desconhecido Estripador de Hollywood.

Assim como nos outros casos, a terceira vítima de Michael também levou um número alarmante de facadas. No caso da jovem vizinha, foram 17 golpes cruéis, cheios de raiva e muita força — mas com poucos motivos aparentes.

Fotografia da jovem Ashley Ellerin, morta por Michael / Crédito: Divulgação/Youtube

Fora dos trilhos

Alguns anos se passaram até que Michael atacasse novamente. Em abril de 2008, ele tentou matar outro vizinho, dessa vez em Santa Mônica, mas não conseguiu acertar a mulher com suas facadas impiedosas. Foi o começo do fim para o assassino.

Durante o ataque, a jovem chegou a lutar contra seu agressor, fazendo com que algumas amostras de DNA de Michael se espalhassem pelo lugar. Com isso, a polícia conseguiu descobrir a identidade do Estripador de Hollywood.

Em poucos meses, Michael foi encontrado e preso pelo Departamento de Polícia de Santa Mônica, no dia 6 de junho de 2008. No total, o homem de Illinois foi acusado pelos três assassinatos que cometeu, tanto em sua cidade natal, quanto na Califórnia.

Tribunal lotado

Após anos de atraso no processo, o julgamento de Michael foi finalmente marcado para o dia 2 de maio de 2019. Naquela manhã, até mesmo o ator Ashton Kutcher foi chamado ao tribunal — isso porque, no dia em que Ashley Ellerin foi morta, ela havia marcado um encontro com o artista, evento para o qual nunca conseguiu ir.

Com as versões de Kutcher e outras testemunhas sobre os assassinatos, Michael foi condenado por todas as acusações. Um novo julgamento, agora em outubro de 2019, foi marcado para decidir quais seriam suas penas, entre a prisão perpétua e a morte.

Na Califórnia, a condenação de Michael segue adiada desde março de 2020. Logo que ele for sentenciado, no entanto, o assassino deve voltar para Illinois, assim ele poderá ser julgado pelas leis do estado onde cometeu o primeiro de seus crimes — pelo qual deve receber uma sentença próxima aos 25 anos de prisão.


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