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Matérias / Personagem

Mary Austin, o grande amor e inspiração de Freddie Mercury

Mesmo com a separação, o vocalista do Queen sempre afirmou que a jovem inglesa era o amor de sua vida

Pamela Malva Publicado em 24/07/2020, às 12h30

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Freddie e Mary no aniversário de 38 anos do cantor, em 1984 - Getty Images
Freddie e Mary no aniversário de 38 anos do cantor, em 1984 - Getty Images

A inspiração para criar uma música pode vir de qualquer lugar. No caso de Freddie Mercury, suas letras nasceram a partir de diversos momentos da sua vida, sejam eles relacionados à sua família, ou ao seu estilo de vida.

No caso de Love Of My Life, entretanto, a inspiração veio de outro lugar — especificamente de uma moça loira de olhos azuis. Seu nome é Mary Austin, uma inglesa que, no futuro, seria conhecida como o grande amor do vocalista.

Em 1970, mesmo antes do sucesso do Queen, Freddie e Brian May, seu amigo e guitarrista da banda, costumavam frequentar lojas e butiques londrinas. Foi em uma delas, chamada Biba, que o artista conheceu Mary, uma balconista.

Quando se conheceram, o cantor tinha 24 anos e a garota, 19. Desde que colocaram os olhos um no outro, se apaixonaram e passaram a viver juntos. Em poucos meses, o casal se mudou para um apartamento no bairro de Kensington.

Freddie e Mary moraram juntos por seis anos. No meio do caminho, em 1973, o vocalista de rock pediu a mão de sua amada em casamento. Anos depois, o casamento não aconteceu e, em 1976, Freddie contou a ela sobre sua sexualidade — algumas pessoas alegam que ele era gay, outras que era bissexual.

Freddie e Mary em uma festa na casa do cantor em 1977 / Crédito: Getty Images

Para o artista, todavia, pouco importava sua orientação sexual. Freddie sempre deixou claro seu amor e devoção por Mary, mesmo quando os dois se separaram e se envolveram com outras pessoas.

O processo de separação do casal foi gradual, já que, com a banda, o astro viajava muito, ficando longe por dias e dias. Nesse sentido, os dois se distanciaram um do outro, até que o artista revelou não ser heterossexual. Ainda que o noivado tivesse acabado, a amizade seguiu.

Uma vez separados, Freddie e Mary passaram a ver outras pessoas. A moça se casou duas vezes e teve dois filhos no primeiro matrimônio. O cantor, com a vida glamurosa, conheceu muitos homens e teve algumas relações. Mesmo assim, um sempre fez parte da vida do outro.

Mais tarde, em uma de suas muitas entrevistas, o artista comentou sobre sua relação com a jovem. “Para mim, foi um casamento. Acreditamos um no outro. Todos os meus amantes me perguntaram por que não poderiam substituir Mary. Porque é simplesmente impossível”, declarou.

Por anos, Freddie se esforçava muito para manter Mary por perto, comprando-lhe um apartamento e garantindo a ela o cargo administrativo na banda Queen. Os dois eram quase vizinhos e nunca realmente se separaram. Foi Mary Austin, inclusive, a primeira a saber sobre a doença do cantor.

Freddie Mercury e Mary Austin no Fashion Aid, em 1985 / Crédito: Getty Images

Em 1987, Freddie descobriu ser soropositivo. Por mais que já existissem boatos sobre o vocalista do Queen ter contraído AIDS, a confirmação foi primeiro para Mary. Anos depois, quando a banda já tinha passado por altos e baixos, a jovem esteve ao lado do cantor até seus últimos dias.

Freddie Mercury faleceu em 1991, devido a uma pneumonia bronquial provocada pela doença. Foi um baque mundial, ninguém acreditava que o maior vocalista de rock até então teria parado de respirar. Com a morte do cantor, Mary voltou a ser uma grande protagonista dessa história: ela é a única pessoa que sabe onde estão as cinzas do artista. 

Além dessa responsabilidade, Mary também foi uma das grandes beneficiadas pelo testamento de Freddie. Para sua amada, o líder do Queen deixou metade de sua fortuna, inicialmente estimada em nove milhões de euros (37,8 milhões de reais), sua mansão de Garden Lodge, avaliada em 22,5 milhões de euros na época (94,5 milhões de reais), e ganhos futuros com direitos autorais.

No final, Mary acabou ganhando muito mais que a família e o parceiro de Freddie, Jim Hutton, com quem o cantor ficou até sua morte. Em entrevista ao Daily Telegraph, em 2012, a mãe do líder do Queen, Jer Bulsara, disse entender a decisão do filho. “Mary era adorável. Mesmo quando terminaram, eu sabia que [ela] continuava amando meu filho. Foram amigos até o final”, confirmou.

Hoje, detentora de grande parte da fortuna de Freddie, Mary mora na mansão onde o cantor viveu, cercada por muros enormes. A inglesa não sai muito de casa e até mesmo seus vizinhos não a veem com frequência. No final, Freddie não só manteve sua amada por perto, como lhe confiou seus maiores segredos.


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