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Matérias / Crimes

O crime de François Patrick, o psicopata brasileiro que escandalizou a Espanha

O episódio, que ganhou novos desdobramentos hoje, foi marcado pela extrema crueldade com os próprios familiares

Vanessa Centamori Publicado em 06/05/2020, às 17h15

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François Patrick Nogueira Gouveia - Divulgação/ Youtube
François Patrick Nogueira Gouveia - Divulgação/ Youtube

A Justiça espanhola decidiu ontem, 5, manter a condenação de três prisões perpétuas para o brasileiro François Patrick Nogueira Gouveia, por ter matado o tio e dois de seus primos em 2016 na cidade de Pioz, na Espanha. Somado a isso, informou o Portal G1, ele foi condenado ainda a mais 25 anos de cárcere, por matar também a própria tia. 

No mesmo ano em que cometeu os crimes, aos 20 anos de idade, o rapaz se entregou às autoridades, orientado por um advogado contratado no dia 20 de setembro de 2016, segundo o Jornal El País. 

Julgamento do jovem / Crédito: Divulgação/Youtube 

O advogado, Eduardo de Araújo Cavalcanti, pensou na ocasião que se tratava apenas de um caso de calúnia. Mas, aos poucos, o nome e a foto de seu cliente começaram a eclodir na imprensa. A Guarda Civil da Espanha disse ainda que tinha “muitas evidências e provas irrefutáveis” de que François, “de caráter psicopata, narcisista, egoísta e sem apego à vida humana”, era culpado. 

O crime

Alguns dias antes, em 18 de setembro, autoridades da Espanha entraram no chalé da família de François após vizinhos se queixarem de odores péssimos vindos do local. A cena com a qual os oficiais se depararam era extremamente perturbadora e explicou bem aquela podridão

Foram encontrados esquartejados o casal de tios Janaína Américo e Marcos Campos Nogueira. Os filhos dos dois, que tinham 1 e 4 anos de idade, haviam sido mortos degolados. Todos os cadáveres estavam dentro de sacolas de plástico já fazia mais de um mês, apodrecendo no local.

Segundo fontes da investigação policial, François Patrick adiantou em quase um mês uma viagem já marcada ao Brasil e foi de Madri com destino a João Pessoa em 20 de setembro, justo depois da descoberta do terrível crime. Um juiz do Tribunal de Instrução n.o 1 de Guadalajara emitiu mandado de captura internacional, no dia 22 daquele mês, contra o rapaz. 

François Patrick Nogueira Gouveia / Crédito: Divulgação/Youtube

De acordo com o advogado de François, na época, o jovem negou envolvimento com os homicídios. Então, o profissional resolveu levar seu cliente no dia 30, à Polícia Federal Brasileira para a prestação de depoimento.

Naquele instante, ele voltou a negar a existência de qualquer problema com a família e descartou suspeitas de que fosse obcecado pela própria tia. Disse até que ajudava financeiramente em casa e que, inclusive, cuidava das crianças. 

François foi liberado pela justiça brasileira, causando desconforto entre os investigadores espanhóis, que estavam convencidos de terem o culpado do caso. Mas a ordem de prisão internacional decretada por um juiz espanhol não tinha validade no Brasil sem provas concretas em mão. 

O assassino brinca com amigo via Whats App sobre a morte do tio Crédito: Polícia Civil da Paraíba

Suspeito 

Praticamente toda a investigação forense comprovou que o assassino era de fato François Patrick. Uma gota de suor no chão do chalé dos tios indicou presença de um DNA com a mesma sequência do fio de cabelo do brasileiro. 

Além disso, foi identificada uma digital oculta de François sob a fita isolante com a qual ele amarrou os seis sacos de lixo onde colocou os cadáveres. Era a mesma impressão que foi encontrada no cabo de uma frigideira na casa. 

Julgamento e passado 

Conforme noticiou o G1, durante julgamento feito em 2018, François respondeu algumas perguntas da advogada contratada por ele naquele ano. Relatou ter tido uma infância difícil, sendo vítima de bullying. Desde os 10 anos, disse ter começado a beber, considerando-se um viciado em álcool.

Em seu depoimento, o jovem disse ainda que quando cometeu os homicídios, se sentiu como em um episódio que ocorreu em 2013, que resultou na morte de um professor na escola onde estudava, em Altamira, no Pará.

François explicou que antes dos dois crimes, a sensação era de que “algo ia acontecer” - e realmente, coisas terríveis ocorreram por culpa do rapaz. Além de ter de passar o resto da vida na prisão, ele terá de pagar 411.915 euros (R$ 2.468.411,83), para parentes das vítimas e ao proprietário da casa onde a chacina aconteceu. Embora, claro, os danos físicos e psicológicos tenham sido irreparáveis. 


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