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Matérias / Curiosidades

O curioso destino do traumático terno rosa de Jackie Kennedy

A peça de roupa, que se tornou um símbolo histórico do assassinato de John F. Kennedy, ficará longe dos olhos do público

Isabela Barreiros Publicado em 08/01/2021, às 08h00

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John F. Kennedy e Jacqueline no dia do assassinato do presidente - Divulgação
John F. Kennedy e Jacqueline no dia do assassinato do presidente - Divulgação

O dia 22 de novembro de 1963 foi um dos mais marcantes e trágicos da História. Tudo parecia normal na cidade de Dallas, no Texas, EUA: o 35° presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, participava de um desfile presidencial, saudando a população dentro de seu carro, ao lado da esposa, Jackie Kennedy.

Contudo, aquele se transformou no dia de seu assassinato. Ao menos três tiros foram disparados à limusine presidencial, e o último deles foi fatal, atingindo a cabeça de Kennedy. Jacqueline acompanhou todo o episódio traumático - estava ao seu lado no banco de trás.

Por essa proximidade, o vestido da primeira-dama, que era rosa, ficou repleto de manchas de sangue de seu marido. No entanto, ela decidiu que não o tiraria de maneira alguma: Jackie permaneceu com o terno manchado por longas horas após a traumática morte do presidente.

Desfile presidencial em Dallas, Kennedy e a mulher no banco de trás da limusine / Crédito: Divulgação 

Quando o atestado de óbito do político foi registrado, foi levada até o aeroporto mais próximo, realizando o embarque no Air Force One. Assim que chegou ao local, a mulher recebeu uma muda de roupas, a qual negou veemente. Ela decidiu que apenas lavaria seu rosto.

Sem o sangue do marido em sua face, ela levou poucos segundos para se arrepender de seu ato. "Um segundo depois, pensei: 'Por que lavei o sangue?' Eu deveria ter deixado lá; deixe-os ver o que fizeram”, disse Jackie, posteriormente, em um artigo da revista estadunidense Life.

A peça de roupa acabou se tornando um símbolo do assassinato do presidente. A primeira-dama fez questão de que se tornasse: ela usou o mesmo vestido durante o juramento de Johnson como o novo presidente dos Estados Unidos. Por meio de seu uso, ela conseguiu chamar a atenção da mídia e do público, não deixando que esquecessem o que havia acontecido.

Após assassinato

Momento dos disparos direcionados a limusine presidencial / Crédito: Divulgação 

Por ter se tornado uma das roupas mais icônicas de todos os tempos, é comum que se pense que ela foi parar em museus, participando de exposições e demonstrando o momento histórico do qual ela participou. Isso não poderia estar mais equivocado.

Já faz 57 anos que Kennedy foi morto durante o desfile presidencial, mas Jackiejá sabia da importância histórica do terno pouco depois do assassinato ter acontecido. Quando retornou à Casa Branca, suas roupas foram guardadas em uma sacola por sua empregada pessoal, como se acredita.

Os chapéus e as luvas aparentemente sumiram durante aqueles dias movimentados. Após esse procedimento, o vestido foi enviado para a família de Jacqueline, que permaneceu com ele desde então. A mãe da ex-primeira-dama somente colocou uma nota manuscrita na caixa: "O terno e bolsa de Jackie — usada em 22 de novembro de 1963."

A icônica roupa / Crédito: Wikimedia Commons

Conforme divulgado pela Marie Claire, a roupa foi doada no ano de 2003 aos Arquivos Nacionais, onde está em uma "área segura, sob condições climatizadas e armazenado em contêineres especiais para fins de preservação", conforme informações da instituição. Alvo de um momento tão importante, ele não irá para exposição tão cedo.

Depois que a mãe de Jackie faleceu, a posse do item foi para a irmã, Caroline Kennedy. Ela apenas concordou com o envio do pedaço da história à agência sob a condição de que fosse preservado.

O item também não poderia ser exposto à público pelo menos até 2103, para não "de forma alguma desonrar a memória do falecido presidente ou causar luto ou sofrimento desnecessário para membros de sua família”.

Portanto, falta muito tempo para que o icônico vestido de Jacqueline possa ser observado pelo público novamente. Enquanto seu acesso ainda está restrito, ele permanece conservado. Se em 2103 os responsáveis pelo vestido reconsiderarem, ele poderá ser exibido para todos.


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