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Matérias / Brasil

Na década de 1970, um incêndio na Globo revirou a emissora de cabeça para baixo

Para salvar o Jornal Nacional, a rede televisiva precisou realocar o estúdio para outro estado

Alana Sousa Publicado em 25/09/2020, às 13h00

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Bancada do Jornal Nacional na década de 1970 - Wikimedia Commons
Bancada do Jornal Nacional na década de 1970 - Wikimedia Commons

Em 4 de junho de 1976, durante a transmissão do Jornal Hoje, a TV Globo saiu misteriosamente do ar. O motivo era um grande incêndio que começou com um curto-circuito no sistema de ar condicionado. O fogo logo se alastrou por dutos e partes das instalações do local, destruindo quase todo o prédio da emissora no Rio de Janeiro.

O sinal da Globo rapidamente voltou, mas dessa vez sendo gerado de São Paulo. O fogo, que durou cerca de quatro horas, causou um prejuízo de Cr$ 170 milhões (cerca de R$ 61 milhões em valores corrigidos). As três novelas que estavam no ar, Vejo a Lua no Céu, O Feijão e o Sonho e um de Anjo Mau, tiveram alguns capítulos antigos perdidos, mas não precisaram ter suas filmagens interrompidas.

Entretanto, o Jornal Nacional, apresentado na época por Cid Moreira e Sérgio Chapelin, foi o programa mais afetado pelo incêncio. O JN, que desde sua estreia, em 1969, sempre foi transmitido da sede jornalística da emissora, localizada no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, teve que ser produzido em outro local: São Paulo.

Sérgio Chapelin na bancada do JN / Crédito: Wikimedia Commons

Os apresentadores viajaram, na mesma tarde da tragédia, em jatos fretados, para a capital paulista, onde apresentaram o jornal mais visto do país durante três meses.

“Duas horas depois do incêndio, Alice-Maria Reineger, então editora-chefe, foi para São Paulo disposta a garantir a exibição do JN. Ela foi munida com um rolo de filme com as imagens do próprio incêndio. Um pouco mais tarde, fomos eu e o Sérgio, juntamente com os editores de imagens, também para Sampa”, conta Cid Moreira no livro Boa Noite, de Fátima Sampaio Moreira, em 2010.

Cid Moreira na bancada do JN / Crédito: Wikimedia Commons

Ainda no livro, Cid conta que ele e Sérgio viveram em uma ponte aérea durante o período. E ressaltou que “além de ter que organizar todos os nossos compromissos particulares com antecedência para chegar a tempo hábil no estúdio, ainda era preciso contar com o aeroporto sem problemas de neblina, que era o motivo que dificultava as chegadas e partidas”.

A reforma das instalações da Globo demorou 90 dias para ser concluída. O prédio foi novamente equipado e não houve vítimas fatais.


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