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Matérias / Crimes

O fantasma de Hammersmith: Um caso de assombração e assassinato no século 19

A misteriosa lenda assustou parte de Londres, atraindo a atenção até mesmo do rei George III

Alana Sousa Publicado em 12/06/2020, às 10h00

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Ilustração do fantasma de Hammersmith - Wikimedia Commons
Ilustração do fantasma de Hammersmith - Wikimedia Commons

No ano de 1803, uma macabra lenda assustava a todos que viviam no distrito Hammersmith, em Londres. Segundo o mito local, o cemitério da região era assombrado pelo fantasma de um homem que havia morrido de suicídio.

O morto supostamente não apenas rondava o lugar, mas agredia pessoas que por lá ousavam passar. Duas mulheres foram as vítimas fatais do espírito maligno: uma idosa e uma grávida foram encurraladas, em situações distintas, e atacadas brutalmente. Após o choque, ambas vieram a óbito.

Uma terceira pessoa também seria testemunha da manifestação sobrenatural. Um condutor de carroça abandonou seus passageiros, cavalo e veículo após avistar algo emergir das sombras.

Gravura representando o Fantasma de Hammersmith / Crédito: Wikimedia Commons

A descrição do fantasma variava conforme a história era recontada. Duas principais sobreviveram ao tempo. Uma delas envolvia um ser alto, com vestes brancas, já a outra, mencionava uma figura com roupas de couro de bezerro e grandes olhos de vidro. O senso comum era que a alma de Hammersmith surgia das sombras, sempre gemendo e lamentando.

O mito ganhava força a cada aparição relatada, até que os moradores do distrito resolveram formar uma patrulha armada para acabar de vez com o fantasma do cemitério. O oficial Francis Smith foi quem encontrou o espírito.

Após pedir que se identificasse, Smith, amedrontado, efetuou um disparo de sua arma. A bala atingiu o alvo, entretanto, a vítima não era a temida assombração.

Thomas Millwood, um pedreiro, que vestia roupas de linho brancas e voltava da casa de sua família, foi atingido pelo tiro e morreu na hora. Smith, ainda muito agitado ao ver o corpo de Millwood, era aconselhado por outras pessoas a deixar o local, porém a polícia chegou e o levou preso em flagrante.

A autópsia revelou que a causa da morte foi um ferimento fatal “de bala no lado esquerdo da mandíbula”. Francis Smith foi indiciado por homicídio intencional.

No julgamento, a viúva de Millwood, confessou que seu falecido marido tinha por costume andar com um grande casaco preto, por cima de suas roupas de trabalho, pois já havia sido confundido com a assombração do cemitério inúmeras vezes. A irmã da vítima afirmou ter escutado a ordem de Smith para que seu irmão parasse, e antes de receber qualquer resposta, atirou.

Gravura retratando o crime / Crédito: Wikimedia Commons

O homicídio atraiu a atenção de toda a região, que possuíam diferentes opiniões sobre qual deveria ser o veredito. O Lorde Chefe Barão Macdonald, influente advogado e responsável pelo caso, alegou que o pedreiro não havia feito nada que justificasse a sua morte, sendo assim inviável considerar o crime como legítima defesa. Concluindo que Smith agiu na intenção de matar, sua motivação pouco importava.

Após debater por uma hora, o júri considerou o réu culpado, e o sentenciou a morte por enforcamento. Pela comoção da situação, Macdonald relatou o caso ao rei vigente, na época George III. A sentença foi alterada para um ano de trabalho duro.

No final, o verdadeiro espírito apareceu. Tratava-se de John Graham, um antigo sapateiro, que ao tentar ensinar uma lição para seu aprendiz — que assustava crianças —, fantasiava-se de fantasma usando um enorme lençol branco.


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