Na volta de uma pescaria, no Carnaval de 1946, João teria sido atingido por uma luz amarelada que, além de atordoá-lo, também o queimou
Fabio Previdelli Publicado em 24/11/2020, às 19h00
Com cerca de 20 mil habitantes, segundo dados do senso de 2015, a cidade de Araçariguama, situada na Região Metropolitana de Sorocaba, que fica a cerca de 70 quilômetros da capital paulista, é uma típica cidade interiorana.
Mas apesar da pacacidade, um evento misterioso ocorrido lá, em 1946, ainda hoje gera repercussões e intriga a todos que escutam os relatos daquela época. Afinal, a cidade foi casa de um dos casos mais fantásticos e polêmicos da história da Ufologia.
Na época, o mundo ainda juntava os cacos da Segunda Guerra, mas parecia girar diferente na cidade onde poucos dispunham de luz elétrica e telefones. O único meio de comunicação em massa era o rádio, e muitos ficaram horrorizados quando o caso de João Prestes Filho foi noticiado.
"A luz, a luz..."
O dia 4 de março de 1946, uma segunda-feira, parecia como todas as outras para João Prestes Filho. Como o dia estava firme e sem muitas nuvens, além de ser Carnaval, ele e outros três amigos resolveram ir pescar na beira do Rio Tietê.
Antes de sair, ele avisa sobre sua partida para sua esposa, Silvina Nunes Prestes, que consente o pedido e diz que, em contrapartida, iria pular Carnaval com sua família. Por volta das 19 horas, o rapaz retorna, mas a casa ainda estava vazia. Silvina não havia retornado.
Cansado, entrou em sua residência e decidiu tomar um banho e trocar a roupa suja. Foi quando tudo começou. "De repente, um raio amarelado 'alumiou' toda a casa, e João sentiu na hora o corpo queimado. Quis tirar a tramela da porta mas não conseguiu, tendo de abri-la com a boca. Saiu descalço e correu vários quilômetros a pé", conta Vergílio Francisco Alves, primo de João, em entrevista à Ufo.com.
O feixe no horizonte, além de atordoá-lo, também o queimou. Completamente tonto, resolve partir em disparada em direção a casa de sua irmã Maria, que ficava a cerca de dois quilômetros dali. A presença de João pode ser notada bem antes dele adentrar a casa da irmã. Na rua, o sujeito já clamava por socorro gritando: “a luz, a luz...”.
Por lá, também estava o delegado Malaquias, que o questionou do ocorrido. Prestes Filho respondeu que aquilo que o atingiu “não era deste mundo, e sim uma coisa invisível”. Alarmados pelo ocorrido, diversas pessoas rodearam a casa de Maria para saber sobre seu irmão.
Foi então que Malaquias resolve levá-lo até o hospital de Santana de Parnaíba. Porém, chegando lá, João não resiste aos ferimentos e acaba falecendo, cerca de 9 horas após sofrer o misterioso ataque luminoso.
“João era branco e a pele dele ficou avermelhada, torrada. As mãos e o rosto queimaram-se mais. O rosto assou. Já o cabelo não queimou, assim como a roupa. Só podia ser mesmo uma coisa invisível que o queimou daquele jeito, por dentro", relembra Vergílio. Segundo conta, ele repetia incessantemente que não havia nenhum responsável por aqui, porque aquilo “não era coisa deste mundo”.
As explicações
Segundo a perícia da época, não houve nenhum vestígio ou prova que indicasse crime ou acidente. A casa ficara intacta. Segundo o delegado de Santana de Parnaíba, que acompanhou o caso na época, “João era uma pessoa boa e não tinha inimigos”.
Em sua certidão de óbito, o médico legista declarou a causa da morte como queimadura. Porém, em 13 de janeiro de 1998, o Cartório de Santana de Parnaíba expediu novamente o documento, registrando que o óbito foi atestado por Luiz Caligiuri, que informou que a causa do óbito foi colapso cardíaco e queimaduras generalizadas e 1º e 2º grau.
No início da década de 1970, o médico Max Berezovsky, presidente da Associação de Pesquisas Exológicas (APEX), de São Paulo, foi até a cidade interiorana junto a dois ufólogos: Guilherme Wirz e João Evangelista Ferraz. Lá, conversaram com um dos irmãos de João, que relatou que ele “se queimou acidentalmente com um lampião a petróleo quando tentava saltar pela janela", dizendo ainda que o mesmo se encontrava alcoolizado.
Porém, a informação foi negada por Araci Gomide, amigo de João e enfermeiro, que foi uma das primeiras pessoas que o socorreu. Perfeitamente lúcido, Prestes teria dito que ninguém havia feito aquilo com ele, apenas que viu uma "claridade que entrou na forma de luz pela janela e o envolveu sem a menor explicação".
Sendo um acidente doméstico ou um ataque extraterreste, o fato é que a história de João Prestes Filho, apesar de não ter uma explicação definitiva, ainda mexe com o imaginário popular, se tornando uma lenda local. Por lá, existe um pequeno livreto, escrito por um anônimo, que descreve o caso como “O Incrível homem que derreteu”.
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