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Matérias / Personagem

O homem que presenciou o drama de Jackie após a morte de JFK

Primeira-dama sofreu momentos angustiantes após o assassinato do marido

Fabio Previdelli | @fabioprevidelli_ Publicado em 18/12/2021, às 08h00

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A primeira-dama Jacquline Kennedy - JFK Library
A primeira-dama Jacquline Kennedy - JFK Library

Assessor de imprensa do segundo escalão da Peace Corps. — uma agência federal independente, criada pelo então presidente John Fitzgerald Kennedy, em 1961, para ajudar países em desenvolvimento —, David Pearson foi chamado para substituir, temporariamente, um assessor de imprensa da Casa Branca. 

Na ocasião, a expectativa pelo dia era alta, devido ao cargo significativo e suas novas responsabilidades. Mal sabia Pearson que aquele 22 de novembro de 1963 seria diferente de qualquer outro na história política dos Estados Unidos.

Afinal, a cerca de 2.000 quilômetros de distância da residência oficial do homem mais importante do país, por volta das 12h30 do horário local, JFK havia sido baleado fatalmente na cabeça enquanto passava com sua limousine em uma carreata pela Praça Dealey, em Dallas, no Texas. 

JFK no momento em que é atingido por um tiro (cena mostrada no filme JFK - A Pergunta Que Não Quer Calar) / Crédito: Divulgação/ Warner Bros

As lembranças de David Pearson foram compartilhadas, originalmente, em 1983, mas foram relembradas novamente no final do mês passado pelo The Miami Herald, quando completou-se 58 anos do assassinato de Kennedy

A ligação estarrecedora

Por volta das 3 horas da tarde, Pearson recebeu um telefonema. Ele foi chamado para ajudar nos preparativos da cerimônia solene do presidente assassinado John Fitzgerald Kennedy

“Eu estava lá”, exclamou o assessor. “Eu preguei fita crepe preta. Peguei sanduíches. Escrevi comunicados à imprensa. Esvaziei cinzeiros. Escrevi recados. E também assisti e ouvi coisas. Me lembro de tudo que hoje se tornou história e lenda.”

Lyndon Jonhson durante cerimônia no avião presidencial para se tornar presidente dos EUA/ Crédito: Pixabay

Uma das primeiras recordações de David é dele ter visto o grupo de homens que eram uns dos mais próximos do presidente Kennedy: Sargent Shriver, diretor do Peace Corps. e cunhado de JFK; o assessor Arthur Schlesinger Jr.; McGeorge Bundy, Conselheiro de Segurança Nacional; além de diversos outros militares. 

Todos eles, confidencia, traduziam “os desejos da primeira-dama [Jacqueline kennedy] em substância, forma e ação efetiva.”

Conforme relata, foi Shriver que cumprimentou os encarregados de carregarem o caixão de JFK para a Sala Leste da Casa Branca, algo que aconteceu por volta das 4h30 da manhã, depois que trabalhou durante toda a noite. 

A angústia de Jackie

Enquanto um padre borrifava água benta no caixão e fazia orações em latim e inglês, Pearson notou que a família Kennedy começou a chegar ao local. Jackie, segundo o assessor, ainda estava com seu vestido rosa de grife, o mesmo que usava quando John foi baleado. A peça tinha diversas manchas secas do sangue que respingou da cabeça de JFK.

JFK ao lado de Jackie/ Crédito: PxHere

“[A sra. Kennedy chegou de repente, uma aparição naquela pose característica dela, que se tornaria tão conhecida no mundo nos dias seguintes. Pés separados, leve inclinação para a frente. Rígida e pasma. Seus lábios estão ligeiramente entreabertos. Seus olhos estão como se ela tivesse acabado de ser surpreendida, mas eles permanecem assim. Há uma ruga de descrença em sua testa.”

Eu olho para o terno dela e fico surpreso que ela não mudou de roupa", prossegue. "As manchas escuras estão em toda a saia e nas meias."

Neste momento, David recorda que o padre acenou para que Jackie se aproxime do caixão do marido. Foi a última vez que ela pressionou a testa contra a lateral do corpo do homem que tanto amou e com quem teve quatro filhos — sendo que uma nasceu morta e outro morreu dois dias após o parto. 

"Ela fica ajoelhada assim pelo que parece um longo tempo, mas não deve durar mais do que dois ou três minutos. Há um silêncio mortal. Quase tenho medo de respirar", narra o assessor. 

John e Jacqueline Kennedy/ Crédito: JFK Library

"Lentamente, ela começa a se levantar. Então, sem qualquer aviso, a Sra. Kennedy começa a chorar. Seu corpo esguio é abalado por soluços, e ela cai de volta no chão. Seus joelhos cedem. Bobby Kennedy se levanta rapidamente, põe um braço em volta de sua cintura. Ele fica lá com ela por um momento e apenas a deixa chorar.”

Por fim, Pearson recorda que a cobertura jornalística, nos dias seguintes acusou, Jackie de ser estóica. “As pessoas realmente se perguntariam se ela poderia tê-lo amado muito porque ela não parecia lamentar a maneira como as pessoas choram por quem ama profundamente”, mas aqueles na Sala Leste viram sua emoção genuína em primeira mão.


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