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Matérias / Hollywood

O homicídio que interrompeu a carreira de Mary Miles Minter, atriz de cinema mudo

A promissora atriz desistiu de tudo após ter seu nome envolvido na morte do diretor William Desmond Taylor

Paola Churchill Publicado em 28/03/2020, às 09h00

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A atriz Mary Miles Minter no auge da carreira - Wikimedia Commons
A atriz Mary Miles Minter no auge da carreira - Wikimedia Commons

Mary Miles Minter tem como nome de batismo Juliet Reilly, nasceu em 25 de abril de 1902, em Shreveport, Louisiana. Sua carreira começou muito jovem. Um dia, por não ter babás disponíveis para vigiar a pequena, sua irmã Margaret Reily a levou junto para uma audição. Assim que chegaram, Juliet chamou a atenção do diretor do filme que, ao perceber o talento da menina, deu seu primeiro papel.

Apesar da idade, já era escalada para várias obras do cinema mudo: todos ficavam encantados por sua beleza e carisma diante as câmeras. Sua estreia foi no curta-metragem The Nurse (1912) e não parou mais.

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Cartaz do filme Anne of Green Gables (1919)/ Crédito: Divulgação

Ela se especializou em interpretar jovens recatas, pois seus olhos azuis e cabelos loiros encarolados remetiam a imagem de um querubim. Mas era só o começo de uma possível trajetória promissora.

Romance conturbado

A artista fez mais de 50 películas não faladas, mas seu grande sucesso foi Anne of Green Gables (1919), que foi dirigido por William Desmond Taylor. Segundo Minter, não demorou muito para um relacionamento romântico surgir entre os dois.

Apesar da jovem afirmar com todas as letras a paixão avassaladora do casal, Taylor via problemas na relação e no amor da moça, pois havia uma diferença muito grande de idade entre os dois, que era de 30 anos.

Outras pessoas que conheciam a dupla, diziam que na verdade, William nunca retribuiu os sentimentos da garota, mas que ela era obcecada por ele. As palavras tornaram-se ainda mais graves em 1922.

O assassinato

No dia 1 de feveiro, Desmond foi assassinado dentro de sua própria casa em Westlake, Los Angeles. Os meios de comunicação falavam sempre do assunto, pois William era um diretor em ascensão.

Quando os jornais falaram que no apartamento do homem foram encontradas cartas de amor escritas por Minter, que estava no auge do sucesso aos 20 anos, mas que agora via seu nome atrelado a um crime.

Mary e o diretor William Desmond Taylor/ Crédito: Wikimedia Commons 

Começaram a surgir vários suspeitos de ser o assassino, mas a investigação chegou ao nome de Charlotte Shelby, mãe da atriz. Segundo os investigadores da época, a matriarca da família não gostava da relação e queria por um fim ela mesma. As acusações foram retiradas e o autor do crime nunca foi encontrado.

Em entrevista, a estrela do cinema mudo negou as acusações feitas a Charlotte e relembrou de ver o amado morto. Em choque, quis fazer de tudo para revivê-lo, não acreditando que ele estivesse morto até ver o corpo no necrotério. "Aquele frio mortal me convenceu como nada mais poderia ter feito. Nenhuma vida pode voltar para este homem.”

Aposentadoria precoce

Após o escândalo, a interpréte fez mais quatro filmes pela Paramount, sendo o último o The Trail of the Lonesome Pine (1923). O estúdio não renovou seu contrato, mas ela recebeu muitas outras ofertas de outros lugares, mas recusou todas, dizendo que nunca foi feliz atuando.

Em 1981, a casa da estrela foi invadida e Mary foi severamente espancada. Os ladrões levaram mais de US$ 300 mil em objetos da atriz. Um ex-companheiro e outras três pessoas foram acusadas de tentativa de assassinato e roubo.

Quando a polícia chegou ao local a descreveram como uma mulher idosa e frágil e ficaram chocados ao saber que aquela ela já fora uma famosa estrela de cinema. Minter morreu aos 82 anos, após um derrame. Por suas contribuições aos filmes, ela tem seu nome eternizado na Calçada da Fama em Hollywood.


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