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Matérias / Brasil

O incesto que quase terminou em tragédia no Ceará

A investigação de uma tentativa de assassinato acabou revelando uma história muito mais intrincada do que se esperava

Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 02/10/2021, às 09h00

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Fotografia meramente ilustrativa de arma - Divulgação/ Pixabay/ Brett_Hondow
Fotografia meramente ilustrativa de arma - Divulgação/ Pixabay/ Brett_Hondow

Um caso chocante veio à tona no Ceará na última semana. Tudo começou na segunda-feira, 27, quando uma moradora da cidade de Canindé foi detida sob suspeita de ter encomendado a morte de seu marido. 

Maria Aparecida Barroso, de 36 anos, foi acusada de pagar 3 mil reais para que dois criminosos tirassem a vida de seu parceiro, Jaelson Oliveira, de 39.

O atentado ocorreu três meses atrás, e resultou no homem sendo baleado na porta de casa. Apesar do quadro grave, ele conseguiu sobreviver e tem estado internado desde então no Instituto Doutor José Frota, hospital geral cearense.

Sua filha, que tem 20 anos de idade, acabou sendo alvejada de forma aparentemente acidental durante o ataque, e já recebeu alta, contudo, perdeu a visão de um dos olhos.  

Incesto e abuso

Quando a polícia interrogou Aparecida no início desta semana, acabou descobrindo que a história era mais perturbadora do que parecia a princípio, e envolvia incesto

“Quando ela foi presa, a gente começou a perguntar os motivos que levaram a essa ação. Ela disse que realmente ela sofria violência psicológica, violência física. Ela queria se separar e ele não deixava", afirmou o delegado Daniel Aragão, que está liderando a apuração do caso, segundo repercutido pelo G1. 

De acordo com o relato de Maria, seu parceiro dizia que, caso ela fosse à delegacia denunciá-lo, ele a mataria quando ela voltasse para casa. Assustada, ela se sentia sem saída e teria considerado tirar a própria vida.

"Conversando com ela a gente notou que ele queria manter à força essa relação para justamente acobertar o relacionamento que ele tinha com a filha", finalizou o oficial. 

A descoberta da relação incestuosa que seu parceiro mantinha teria sido a última gota d'água para Aparecida.

Os outros envolvidos

Para esclarecer o que havia acontecido, os policiais coletaram depoimentos de Jaelson e da jovem de 20 anos no decorrer da semana.

Os dois confirmaram a existência do relacionamento, que, segundo disseram, teria começado um ano e oito meses antes, e incluiu relações sexuais. 

"Ambos dizem que foi uma paixão mútua", contou Aragão, ainda conforme o G1. 

A polícia tentou verificar a possibilidade de que o homem teria estuprado a garota durante sua infância, uma vez que ela foi morar com ele aos 12 anos de idade, mas até então não chegou a lugar nenhum. 

"Nós tentamos fazer toda a investigação para saber se realmente ele poderia ter entrado nesse crime de estupro de vulnerável, mas não se confirmou, pelo menos com o que foi dito por eles. É difícil de ter testemunha, haja vista que é um crime entre quatro paredes, então nenhum dos dois confirmou", explicou o delegado. 

A primeira pessoa a ter ficado sabendo do romance teria sido o namorado da jovem, Antônio Herilson da Silva Lopes, que tem 26 anos. Ele relatou a ter participado de um sexo a três com os dois.

Quando aceitou realizar o ato, todavia, que foi sugerido por sua namorada, alegou não saber que seu sogro estaria envolvido, e, por conta do quarto estar escuro, só descobriu o fato depois que tudo já havia terminado. 

"(...) Depois da relação ter acontecido, quando saíram do quarto, ele viu que era o pai. Foi aí que ele se revoltou, foi até a Aparecida e contou todos os fatos", alegou Aragão

Atualmente, oficiais consideram o rapaz suspeito de ter colaborado com o crime.