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Matérias / Múmias

Vale das Múmias de Ouro do Egito: A intrigante descoberta que revelou mais de 10 mil múmias

Corpos mumificados que têm diferentes estilos de embalsamamento entre si foram encontrados pelo renomado egiptólogo Zahi Hawass

Isabela Barreiros Publicado em 22/12/2020, às 07h00

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Uma das múmias douradas - Roland Unger/Wikimedia Commons
Uma das múmias douradas - Roland Unger/Wikimedia Commons

Além de suas diversas contribuições para o conhecimento do Egito Antigo, o egiptólogo Zahi Hawass já fez descobertas impressionantes. Uma delas é o Vale das Múmias de Ouro, localizado no oásis de Bahariya, no deserto ocidental do Egito. Ele está a quase 400 km da capital, Cairo.

Em 1996, uma equipe de arqueólogos liderada por Hawass encontrou o enorme cemitério, que se acredita remontar ao período greco-romano. O mais impressionante é que os pesquisadores conseguiram identificar por volta de 250 múmias apenas na primeira escavação realizada no local. Com o crescente interesse no vale, o pesquisador acredita que poderão ser descobertos mais de 10 mil corpos mumificados no vale.

Inúmeras pesquisas foram realizadas com as múmias desenterradas na região e determinou-se que elas tinham aproximadamente dois mil anos de idade e muitas estavam bem preservadas, independente do enorme tempo que passaram desconhecidas.

Para o egiptólogo, essas múmias representam o período em que a técnica atingiu seu ápice. Ele afirma que o “ponto importante sobre a mumificação é que eles começaram a colocar gravetos feitos de junco no lado direito e esquerdo da múmia para cobrir a múmia com linho”. Assim, seria possível que ela permanecesse em um bom estado de preservação por muito mais tempo do que os corpos mumificados durante o período faraônico, por exemplo. Agora, ela ficaria muito mais estável.

Além disso, os especialistas perceberam também que as múmias possuíam estilos diferentes de decoração, sendo possível separá-las em quatro grupos diferentes, que eram geralmente atribuídos pelos egiptólogos que trabalhavam no local.

Crédito: Roland Unger/Wikimedia Commons

Sessenta múmias encontradas em Bahariya estavam usando uma máscara dourada em seus rostos. Ela cobria toda a face dos indivíduos, que também vestiam um colete dourado. Pesquisas realizadas nesses itens revelaram que essa vestimenta tinha diversas ilustrações que representavam cenas de deuses e deusas.

O segundo estilo designado aos corpos egípcios era a cobertura com cartonagem. Primeiramente, ela era envolta com bandagens e, depois, os embalsamadores a cobriam com um material firme, que a deixaria mais rígida e continha gravuras de deuses como Anúbis, o deus egípcio antigo que representava os mortos, e seus quatro filhos.

Outro tipo de mumificação encontrado no local era bem diferente. As múmias não tinham nenhum tipo de decoração, como na primeira, de ouro, e na segunda, de cartonagem, por exemplo. Elas eram, na verdade colocadas dentro de um tipo distinto de caixão, o sarcófago de nome antropoide, que era feito de cerâmica. Menos múmias foram embalsamadas a partir do estilo de cobertura de linho.

Mesmo que muitos dos corpos tivessem sido enterrados de maneiras diferentes, todos eles estavam acompanhados de inúmeros artefatos dentro de seus túmulos. Os arqueólogos conseguiram descobrir bandejas de comida feitas de cerâmica, diversas joias, jarros de vinho e, ainda, moedas ptolomaicas.

Acredita-se que essa totalidade de múmias com ricos artefatos deve-se ao fato de que as pessoas que viviam naquela região durante o período romano possuíam muitas riquezas, obtidas por meio da produção de vinho de tâmaras e uvas. Assim, as tumbas de Bahariya continham belas representações, como nas cartonagens e nos coletes.

Segundo Hawass, "parece que as oficinas estavam por toda parte e os artesãos eram uma das principais profissões em Baharyia” naquela época, principalmente. O egiptólogo estima que por volta de 30 mil pessoas viviam na região do oásis durante o período.


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