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Matérias / Personagem

As mil vidas do maior traficante do mundo: Veja o que aconteceu com El Chapo

Com uma vida digna de um roteiro de suspense, El Chapo foi um dos maiores pesadelos do México e EUA

Giovanna de Matteo Publicado em 24/09/2020, às 09h27

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El Chapo em 19 de janeiro de 2017, sob custódia com agentes policiais - Wikimedia Commons
El Chapo em 19 de janeiro de 2017, sob custódia com agentes policiais - Wikimedia Commons

Joaquín Guzmán teve uma infância perturbada. Advindo de uma família pobre do México e sofrendo abusos do pai, o tráfico fez parte de sua vida desde a adolescência, quando aos 15 anos teve que começar uma produção e venda de maconha em seu quintal para sustentar a família.

Depois de ser expulso de casa pelo pai, viveu um tempo com seu avô, mas acabou deixando sua cidade a procura de trabalho em cartéis de drogas. Foi nesse período que ele acabou ganhando seu apelido "El Chapo", que o marcou pelo resto da vida.

A partir da década de 80, El Chapo se tornou um narcotraficante profissional através de seu trabalho conjunto com Miguel Ángel Félix Gallardo, conhecido como "O Poderoso Chefão" e o maior traficante de cocaína no México, porém, tempos depois, devido a diversas prisões e brigas internas, ele decidiu criar seu próprio cartel na cidade de Culiacan.

Sua venda havia ganhado popularidade e com os anos ele conseguiu ser um dos maiores fornecedores de drogas que entravam nos Estados Unidos, principalmente cocaína, que gerava lucros estupendos. Desse modo ele conseguiu fazer com que os cartéis mexicanos se tornassem até mesmo maiores do que os famosos cartéis colombianos.

Seus truques de narcovenda na fronteira Estados Unidos-México incluíam táticas de tráfico via terra e avião. Os transportadores levavam pequenas quantidades de droga por vez, tornando mais difícil dos policiais detectarem a locomoção dos narcóticos.

Sua rede de tráfico contava com centenas de traficantes, produtores e figuras dentro do governo mexicano e da fronteira dos EUA, que o ajudavam de forma corrupta.

Com o crescimento dos seus negócios, outros cartéis começaram a disputar com Sinaloa pelas locais de produção e rotas de transporte de drogas. Entre 1989 e 1993 a sua popularidade cresceu de tal forma que guerras contra outros cartéis começaram, em disputas pelas produções e rotas de transporte de drogas. Isso aumentou a perseguição contra o narcotraficante.

Foto de Joaquín Guzmán, conhecido como El Chapo / Wikimedia Commons

Mas foi apenas quando, em uma tentativa de assassinato de Guzmán, o arcebispo Juan Jesús Posadas Ocampo acabou sendo morto por engano, que a população mexicana começou a incitar ação do governo pela busca dele. Desse modo, o rosto de El Chapo ficara estampado na capa de todos os jornais mexicanos prometendo uma recompensa pela sua cabeça.

 Joaquín "El Chapo" Guzmán então foi preso pela primeira vez em 1993 onde foi levado para o México, para a prisão de Almoloya. Dois anos depois, ele foi transferido para a prisão de segurança máxima de Puente Grande, Jalisco, onde ele escapou em 2001. El Chapo já era considerado pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos o traficante de drogas mais poderoso do mundo.

Com guerras entre cartéis e o número de mortes crescendo, o presidente mexicano Felipe Calderón declarou oficialmente uma guerra contra os narcotraficantes. Nos próximos quatro anos, 50 mil pessoas foram presas, mas os homens de El Chapo não estavam sofrendo a perseguição esperada, tendo a ação afetado mais outros cartéis.

Em 2014, Guzmán foi finalmente detido pela Marinha do México em Mazatlan, Sinaloa, onde ficava seu ponto de vendas, mas acabou depois de um ano fugindo novamente do presídio de segurança máxima onde cumpria pena.

Uma caçada contra o mexicano foi iniciada para recapturá-lo e em 2016 foi de novo encontrado e preso. Em 17 de julho de 2019, depois de cinco meses de julgamento, El Chapo foi sentenciado à prisão perpétua, por um tribunal federal em Nova York, respondendo pelos crimes de conspiração internacional para produzir e distribuir drogas, tráfico e manuseio ilegal de armas de fogo, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, onde permanece até hoje.


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