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Matérias / Segunda Guerra Mundial

Na iminência da Segunda Guerra, o Reino Unido sacrificou mais de 750 mil animais

Durante o trágico episódio, nem os animais dos zoológicos foram poupados da execução

Joseane Pereira Publicado em 08/10/2019, às 09h00

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Reprodução
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Quando uma guerra se aproxima, medidas drásticas são tomadas. E não foi diferente na Grã Bretanha anterior à Segunda Guerra Mundial. Preocupado com a escassez de alimentos e retenção de gastos, o governo britânico formou o Comitê Nacional de Precauções Contra Ataques Aéreos. Entre outras medidas, o comitê tinha a missão de lidar com algo supostamente inofensivo: animais de estimação.

Destruição massiva

Segundo o governo, o gasto com alimentação de pets prejudicaria a situação econômica do país durante a guerra. Então, para abreviar esse problema em potencial, cada cidadão recebeu um panfleto intitulado “Conselhos para os donos de animais”.

Junto a ele, vinha o anúncio de um tipo específico de arma que dizia “Se possível, leve seus animais domésticos para fora do país antes de uma emergência. Se não for possível, é melhor que sejam exterminados”.

Panfletos distribuídos à população / Crédito: Reprodução

O conselho foi anunciado pela BBC e publicado em jornais. E por incrível que pareça, milhares de britânicos atenderam ao chamado e se livraram de seus animais. Dentro de uma semana, 750 mil pets foram executados.

E eles não foram o único alvo: todos os animais do zoológico de Londres foram mortos, das pequenas aranhas aos filhotes de girafa.

Quando a guerra foi declarada, em 1939, os donos lotaram clínicas veterinárias para sacrificar seus bichinhos. Alguns, vendo uma chance de salvação, recrutavam-nos aos esforços de guerra: em 1942, a Grã-Bretanha recrutou 6 mil cães domésticos ao seu exército. Muitos não voltaram para casa.

Memorial aos animais mortos / Crédito: Reprodução

"As pessoas estavam preocupadas com a ameaça de bombardeios e escassez de alimentos, e achavam inadequado ter o 'luxo' de um animal de estimação durante a guerra", explica Pip Dodd, curador sênior do Museu Nacional do Exército.

“Era uma das coisas que as pessoas tinham que fazer - evacuar as crianças, colocar as cortinas de blecaute e matar o gato”, afirma a historiadora britânica Hilda Kean.

Em Hyde Park, Londres, existe um memorial para homenagear os animais mortos na Segunda Guerra. Nele, há duas inscrições que dizem “Este monumento é dedicado a todos os animais que serviram e morreram ao lado de forças britânicas e aliadas em guerras e campanhas ao longo do tempo” e “Eles não tiveram escolha”.


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