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Matérias / Egito Antigo

O misterioso túmulo perdido do faraó Tutmés II

Na retrospectiva de 2020, saiba mais sobre uma descoberta arqueológica feita este ano que ainda pode trazer a localização do oculto túmulo à luz

Isabela Barreiros Publicado em 20/12/2020, às 08h00

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Caixa descoberta neste ano e múmia do faraó Tutmés II - Divulgação / Wikimedia Commons
Caixa descoberta neste ano e múmia do faraó Tutmés II - Divulgação / Wikimedia Commons

Muitas múmias de faraós e figuras importantes do Egito Antigo não foram encontradas dentro de suas respectivas tumbas. Embora a maioria deles tivesse, de fato, construído um monumento específico para ser enterrado com sua morte, alguns corpos foram retirados desses locais.

Isso acontecia tanto por conta da ação de ladrões de tumba, que, ao longo dos séculos, faziam expedições para as regiões e roubavam artefatos e danificavam múmias, quanto pela atitude de pessoas para evitar essas situações. Em algum momento durante a 21ª Dinastia, um grupo foi responsável por esconder 50 múmias em apenas um local.

A tumba DB320, em Deir el-Bahri, localizada na Necrópole de Tebas, no Egito, foi o local escolhido para o esconderijo. Dentro dela estava, inclusive, o corpo do faraó Tutmés II, o quarto faraó da 18º dinastia do Egito Antigo. Mas, como é possível perceber, aquele não era seu local de enterro original. 

A múmia do faraó / Crédito: Wikimedia Commons

Por mais que seu corpo embalsamado tenha sido descoberto há muito tempo, em 1º de julho de 1886 pelo egiptólogo Gaston Maspero, ainda não se sabe onde está localizado seu túmulo inicial. Uma descoberta feita em março deste ano, no entanto, pode mudar esse cenário.

Escavações realizadas no complexo de sepulturas e templos mortuários de Deir Elbari, localizado na margem ocidental do rio Nilo, no lado oposto à cidade de Luxor, no Egito, revelaram uma caixa de 3.500 anos contendo os restos de um ganso, que aparenta ter sido sacrificado.

Mas porquê isso está relacionado com o famoso faraó? No baú de pedra descoberto, estava ainda outro recipiente, dessa vez feito de madeira, que estava gravado com o nome do rei Tutmés II. O nome do governante estaria aleatoriamente escrito naquele artefato? É isso que arqueólogos ainda estão tentando entender.

Para Andrzej Niwiński, professor da Universidade de Varsóvia, na Polônia, o achado pode indicar que a misteriosa tumba real do faraó, que permanece desconhecida até os dias de hoje, pode estar nas proximidades. 

Crédito: Divulgação - Andrzej Niwiński

"O depósito real implica que um templo ou uma tumba foi erguida para o rei aqui. E como estamos no meio de um cemitério real, não há dúvida de que deve ser uma tumba. Estamos no processo de encontrá-la”, afirmou o especialista em entrevista à Agência de Imprensa Polonesa. 

A inscrição com o nome do rei foi a que mais chamou a atenção dos pesquisadores por estar diretamente relacionada com ele, mas outros objetos notáveis também estavam no interior da arca. Dentro dela, estavam inúmeros pacotes embrulhados em pelo menos três lonas de linho.

Uma das embalagens continha o ganso, morto provavelmente por motivos religiosos, outra protegia um ovo de um ganso, e a terceira era, na verdade, uma caixa de madeira embrulhada que guardava um ovo, que acredita-se ser de uma íbis, uma importante ave para os egípcios.

Crédito: Divulgação - Andrzej Niwiński

"A arca em si tem cerca de 40 cm de comprimento, com uma altura ligeiramente menor”, diz Niwiński. "[Ela] era perfeitamente camuflada, parecia um bloco de pedra comum. Somente depois de um olhar mais atento, percebemos ser um baú".

"Todos eles indicam que a caixa estava ligada à realeza. A simbologia dos objetos encontrados também indica que se tratava de um depósito real associado a Tutmés II e que um templo ou uma tumba estariam sendo edificados em seu nome", afirmou o pesquisador líder das escavações.

A descoberta em si foi feita em 2019, mas divulgada pelas autoridades egípcias apenas no começo deste ano. Ainda falta muito para que os egiptólogos encontrem, de fato, a tumba perdida de Tutmés II, mas esse já é um começo para esse longo trajeto. Até agora, eles ainda não notaram nenhum caminho ou pista para a entrada de um túmulo secreto.


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