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Matérias / Arte

O nascimento de Cristo em cenário polinésio: Conheça a obra de Gauguin

'Te Tamari No Atua', ou 'O Filho de Deus', foi uma das obras criadas pelo artista francês enquanto ele vivia no Taiti

Izabel Duva Rapoport Publicado em 05/12/2021, às 12h00

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'Te Tamari No Atua', de Paul Gauguin - Yelkrokoyade/ Creative Commons/ Wikimedia Commons
'Te Tamari No Atua', de Paul Gauguin - Yelkrokoyade/ Creative Commons/ Wikimedia Commons

Referências mescladas do Sudeste Asiático e do cristianismo são típicas do universo do pintor francês Paul Gauguin (1848-1903), que passou por temporadas ao longo de sua vida no Taiti, maior ilha da Polinésia Francesa, para se libertar dos condicionamentos artísticos europeus.

Entre suas obras feitas na região está a 'Te Tamari No Atua' ('O Filho de Deus', em tradução livre), que retrata o nascimento de uma criança. No primeiro plano, uma jovem polinésia descansa sobre a cama, diante de duas outras mulheres que cuidam do bebê. Ao fundo, há animais, indicando que a cena poderia se passar em um estábulo — uma narrativa comum, não fosse pelas auréolas que envolvem a cabeça da mãe e de seu filho.

No ano seguinte à pintura, em 1897, o artista escreveu 'A Igreja Católica e os Tempos Modernos', em que dizia acreditar que todas as religiões e mitologias existentes são, na essência, as mesmas. “Deus pertence aos poetas, ao reino dos sonhos; ele é o símbolo da beleza, beleza em si”, descreveu.

+Leia mais:Gauguin no Taiti: Conheça os detalhes da obra 'O Espírito da Morte Vigia'

Não à toa, segundo o site oficial do artista, em 'Te Tamari No Atua', ele retrata o nascimento e a maternidade (essenciais em qualquer lugar) com destaque superior ao cristianismo. “Gauguin deu sentido à vida humana com referênciaao cenário bíblico.”

1. O começo de tudo

Entre os especialistas, a interpretação mais disseminada é de que a obra foi inspirada em Pahura, uma adolescente taitiana que deu à luz uma filha de Paul Gauguin em uma data próxima ao Natal, no mesmo ano da pintura.


2. Apenas mulheres

Outro ponto levantado nesta obra é a ausência de homens, reforçando a ideia de Paul Gauguin em ressaltar o tema ordinário sobre o divino.