Brutalmente assassinada em 1995 por Yolanda Saldívar, Selena tem um legado que é eterno
Giovanna Gomes Publicado em 10/10/2020, às 10h00
Selena Quintanilla foi uma importante cantora conhecida como a "rainha do Tex Mex", tendo sido a primeira latina a encabeçar a Billboard 200, a qual classifica os 200 álbuns e EPs mais vendidos nos Estados Unidos. Além disso, foi nomeada pela revista como a melhor cantora dos anos 1990 e a melhor cantora de música latina da década.
No entanto, quando tinha 23 anos e estava no auge de sua carreira, teve a vida cruelmente tirada pela "fã" Yolanda Saldívar, a qual era presidente do fã-clube de Selena.
A desgraça
Em 1995, a família da cantora descobriu que Yolanda estava roubando dinheiro do fã-clube e das boutiques de roupas de Selena, as quais ela administrava. Com isso, decidiram demiti-la no início do mês de março. Acredita-se que Yolanda tenha embolsado cerca de 60 mil dólares com os desvios. Mas foi justamente com isso que a artista encontrou um triste fim.
Após a demissão de Yolanda, a jovem Selena resolveu se encontrar com a mulher para pegar documentos e registros financeiros da empresa que se encontravam em posse de sua ex-funcionária. Inicialmente, Yolanda se recusou a devolvê-los, no entanto, armou um plano para chamar a atenção da artista.
Segundo a Oprah Magazine, a criminosa afirmou que fora estuprada e precisava da ajuda de Selena. Comovida com a situação, a jovem cantora a encontrou em um hospital, entretanto, a farsa logo foi revelada: os médicos não encontraram sinais de estupro. Prometeu que devolveria os registros caso a artista a acompanhasse no hotel Days Inn em Corpus Christi, no Texas.
Saldívar levou um revólver Taurus modelo 38 para o quarto, onde deu um tiro nas costas de Selena. A cantora teve uma artéria perfurada e correu em busca de socorro. Quase conseguiu, mas morreu no hospital após uma parada cardíaca.
Duas semanas depois, George W. Bush, que era governador do Texas na época declarou que a cantora representava "a essência da cultura do sul do Texas" e definiu um dia para homenageá-la, o qual ficou conhecido como Selena Day, comemorado todo 16 de abril.
Julgamento e sentença
Após o crime, Yolanda Saldíver foi julgada e alegou que não tinha intenção de matar Selena. Também afirmou que o tiro havia sido acidental. No entanto, essa versão não convenceu o júri e ela foi considerada culpada pelo assassinato da cantora e condenada a prisão perpétua, cumprindo a sentença na Unidade Mountain View de Gatesville, Texas.
Por mais que sua defesa tenha recorrido pela liberdade condicional, o ato só será possível no ano de 2025. "Quando se trata de minha família e eu, não nos importamos se eles a libertarem hoje", explicou Abraham, pai de Selena, ao Primer Impacto. "Eles podem deixá-la ir. Nada trará minha filha de volta".
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