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Matérias / Animais

O que fez os crocodilos mudarem tão pouco? A ciência responde

Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Bristol e publicado na revista Nature em janeiro deste ano buscou responder a essa questão

Giovanna Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 28/03/2021, às 09h00

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Crocodilo adulto - Getty Images
Crocodilo adulto - Getty Images

Recentemente uma equipe de pesquisadores da Universidade de Bristol, localizada na Inglaterra, encontrou uma possível explicação para um fato curioso sobre os crocodilos: o porquê deles, ao contrário de outras famílias de animais, não terem mudado muito com o passar dos anos.

O estudo publicado na revista Nature Communications Biology em janeiro deste ano, comparou a evolução das espécies do réptil com as mudanças climáticas.

A verdade é que, no passado, existiam muitas outras espécies além das apenas 25 hoje existentes, apesar de muito semelhantes aos crocodilos que existiam no período Jurássico, há 200 milhões de anos.

No passado havia diversas espécies de crocodilos - Crédito: Divulgação/Universidade de Bristol

Padrão evolutivo

Segundo o estudo liderado por Max Stockdale, que atua como professor na Escola de Ciências Geográficas da Universidade de Bristol, explicação para as poucas alterações nas características dos crocodilos seria a existência de um padrão evolutivo que chamamos de “equilíbrio pontual”. 

De acordo com os pesquisadores, as espécies costumam evoluir lentamente, entretanto, alterações no ambiente levam os animais a adaptações mais rápidas, especialmente quando há aumento da temperatura no planeta. Neste caso, a resposta evolutiva são corpos maiores.

Método de pesquisa

“Nossa análise utilizou um algoritmo de aprendizado de máquina para estimar a taxa de evolução. Essa taxa é a quantidade de mudanças ocorridas em determinado período, o que podemos observar comparando medidas de fósseis levando em consideração suas idades”, explicou o professor Stockdale em nota.

O estudo foi realizado pela Universidade de Bristol - Crédito: Getty Images

De início, os cientistas mediram o tamanho dos crocodilos no intuito de entender a velocidade de crescimento dos mesmos, bem como a quantidade de alimento que precisavam. Além disso, analisaram também o tamanho de suas populações e quais suas chances de serem extintos.

Conclusão do estudo

Conforme as evidências, é a taxa evolucionária lenta que gera a pouca diversidade de espécies de crocodilos hoje em dia. Muito provavelmente, esses répteis alcançaram uma estrutura corporal muito eficiente, de modo que não precisam de novas adaptações para sobreviver.

Os não mudaram muito com o passar do tempo - Crédito: Getty Images

“É fascinante ver como existe uma relação intrincada entre a Terra e os seres vivos. Os crocodilos desenvolveram um estilo de vida versátil o suficiente para se adaptar às enormes mudanças ambientais que ocorreram desde a época dos dinossauros”, declarou o principal autor do estudo.

Pode ter sido justamente essa característica que fez com que os crocodilos não fossem extintos junto aos dinossauros durante o Cretáceo. Além disso, a tese explicaria a razão de ter existido muito mais espécies durante o Jurássico. Os répteis, como animais de sangue frio, necessitam de energia solar para seu aquecimento.

Como na época dos dinossauros o clima na Terra era muito mais quente do que atualmente, não era preciso competir tanto por comida. Os crocodilos, é claro, saíram vencendo.


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