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Matérias / Personagem

O que Hollywood não contou: a desgraça de Keiko, a orca por trás de Free Willy

Estrela do clássico, o animal teve uma vida conturbada, passando por diversos cativeiros

Caio Tortamano Publicado em 07/06/2020, às 09h00

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A orca Keiko, intérprete de Free Willy - Divulgação
A orca Keiko, intérprete de Free Willy - Divulgação

Lançado pela Warner Bros em 1993, o filme Free Willy é um dos maiores clássicos dos anos 90. A obra cinematográfica narra a história de uma orca — Willy — que é mantida em cativeiro num parque aquático e precisa da ajuda de um garoto de 12 anos para conseguir, finalmente, sua liberdade.

No entanto, o que muitos não discutem é que a grande estrela do filme, inclusive, acabou vivendo a saga do personagem quando esteve longe de Hollywood. Capturado na Islândia, em 1979, Keiko ("Sortudo") foi vendido para um aquário no mesmo país.

Depois de um tempo com os escandinavos, a baleia foi transferida para o parque MarineLand, em Ontário, Canadá. Nesse local, o animal começou sua vida sendo submetido a apresentações e performances para o público. Como consequência, acabou sofrendo diversas lesões na pele, indicando que sua saúde não era das melhores.

Keiko / Crédito: Divulgação

Diante desse "problema", o animal passaria para seu terceiro cativeiro, o Reino Aventura, no México. Foi lá, inclusive, onde foi encontrado por agentes de cinema, que teriam enxergado nele a orca perfeita para viver Willy nas telonas.

Liberdade para Willy

A publicidade do filme foi um dos grandes fatores que levaram a Warner a iniciar uma campanha para encontrar um local mais adequado para que Keiko — popularmente conhecido como Willy — morasse. As condições no México não eram adequadas para que a baleia sobrevivesse, então foi criada a Free Willy-Keiko Foundation, em 1995.

Com 7 milhões de dólares arrecadados, o Aquário da Costa de Oregon, em Newport, nos Estados Unidos, foi o local escolhido para que fosse construído um ambiente onde Keiko viveria de maneira "saudável" e, quem sabe, fosse enviado de volta para a natureza.

Keiko sendo pesada / Crédito: Wikimedia Commons

O novo tanque era muito maior do que qualquer outro cativeiro que havia sido submetido. Um tanque de mais de 7 milhões e meio de litros, ocupado por água do mar — algo que aconteceria pela primeira vez depois de ter sido capturado. Nesse novo habitat, seu peso aumentou consideravelmente, se tornando muito mais saudável.

Retorno à natureza

O retorno do animal foi controverso. Com especialistas nos dois lados da moeda, era afirmado que com o monitoramento necessário, seria possível uma reinserção. No entanto, outros relatavam que os anos em cativeiro teriam retirado os instintos que o animal precisava para viver na natureza novamente.

Apesar das polêmicas, Keiko começou a ser preparado para sua volta ao oceano em 1998, sendo transferido para uma região costeira da Islândia. A partir daí, a fundação que levava seu nome foi encarregada de iniciar um tratamento eficaz, que envolveria atividades preparatórias como nado em mar aberto, entre outros.

No verão de 2002, a baleia foi solta na natureza. Logo de cara, seguiu um grupo de orcas — o que não deu muito certo. Os dispositivos de localização indicavam que o animal teria se separado. Um mês depois, Keiko chegou a costa da Noruega a procura de contato humano.

Morte

Os cuidadores do mamífero perceberam que ele ainda não estava pronto, e continuaram o acompanhando durante 15 meses. Keiko acabou encontrando seu fim em dezembro de 2003, aos 27 anos de idade. O animal sofria de pneumonia, e faleceu de maneira rápida entre o diagnóstico e o dia do óbito.

A imponente e famosa orca foi enterrada de noite, em sigilo, para evitar que a imprensa cobrisse o episódio. O medo era que a imagem da baleia morta ficasse marcada na memória das pessoas. Ao invés disso, foi preservada a imagem de eterna busca pela liberdade.


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