Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Matérias / Brasil

Símbolo da vacinação no Brasil: de onde veio o Zé Gotinha?

O mascote foi criado em meados da década de 1980 e, desde então, é um sucesso nas campanhas de imunização

Ingredi Brunato, sob supervisão de Pamela Malva Publicado em 12/03/2021, às 08h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Ilustração oficial de Zé Gotinha - Divulgação / Site do governo brasileiro
Ilustração oficial de Zé Gotinha - Divulgação / Site do governo brasileiro

No início desta semana, o cenário político brasileiro foi abalado pela retomada dos direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — o que o torna novamente elegível. Se a situação permanecer dessa forma, ele pode candidatar-se à presidência em 2022, por exemplo, tornando-se um possível concorrente de JairBolsonaro.

Já nesta quarta-feira, 10, o petista deu um discurso na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do Grande ABC, ocasião em que criticou a atuação do governo atual em diversas áreas, incluindo na gestão da pandemia

“Nesse país, quando veio a H1N1, a gente vacinou 80 milhões de brasileiros em 3 meses. Esse país tem um sistema de saúde que sabe fazer isso. Cadê o Zé Gotinha? O Bolsonaro mandou embora porque pensou que era petista. Ele [Zé Gotinha] foi inventado por gente importante da saúde, da área sanitária do Brasil. O Zé Gotinha é suprapartidário, humanista”, declarou Lula, segundo divulgado pelo UOL.

Mas, afinal, qual é a origem do carismático Zé Gotinha? Como ele foi criado e por que tornou-se um personagem tão querido? Relembre a história do mascote da vacinação brasileira citado no mais recente pronunciamento de Lula.

A origem de Zé Gotinha

O ex-presidente acertou ao dizer que o ícone do Sistema Único de Saúde (SUS) não é petista. O Zé Gotinha, na realidade, foi criado ainda em 1986, durante o governo de José Sarney, no primeiro mandato democrático após a Ditadura Militar. 

A elaboração do personagem foi parte dos esforços de uma intensa campanha de vacinação contra o vírus da poliomielite criada pelo Ministério da Saúde e apoiada pela UNICEF (o Fundo das Nações Unidas para a Infância), segundo o site do governo. 

Vale dizer que a poliomielite é uma doença desoladora e sem cura, que também é conhecida como “paralisia infantil”, por afetar principalmente crianças e poder levar à paralisia parcial ou total dos pacientes. A despeito desses extensos efeitos negativos, a condição também é facilmente evitável através da vacina. 

Fotografia de José Sarney / Crédito: Wikimedia Commons 

O governo federal da época estabeleceu a meta de erradicar a doença até o ano de 1990, objetivo no qual teve êxito, com o último caso de desenvolvimento da condição no Brasil tendo ocorrido em 1989, segundo repercutido pela BBC. 

Isso tudo foi alcançado com a colaboração fundamental de Zé Gotinha, que foi desenhado pelo artista plástico Darlan Manoel Rosa. Já seu nome icônico foi escolhido através de uma votação organizada pelo Ministério da Saúde, que contou com estudantes de diversos estados brasileiros. 

A aparência carismática do personagem também ajudou a combater o receio que as famílias brasileiras sentiam em relação ao processo de vacinação, além de ser uma sensação entre os pequenos.

“Todas as crianças adoram o Zé Gotinha e conseguem associar o símbolo à vacinação”, comentou Carla Domingues, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), ao site do Ministério da Saúde. 

Popularidade

O sucesso de Zé Gotinha foi tanto que o mascote passou a marcar presença em diversas campanhas de vacinação desde então, incluindo a contra o H1N1, que é o vírus causador da gripe influenza A, também conhecida como gripe suína. 

O pandemia da doença ocorreu entre 2009 e 2010, durante o segundo mandato de Lula. De acordo com uma reportagem da Brasil de Fato de 2020, nosso país foi o que mais vacinou contra o vírus no mundo, alcançando 100 milhões de imunizados. Desses, 80 milhões teriam sido recebido suas doses apenas nos primeiros três meses. 

Fotografia de Lula vacinando-se contra a H1N1 / Crédito: Divulgação/ Ricardo Stuckert

Em entrevista ao veículo, o deputado Alexandre Padilha, do PT, comentou que: “Temos instituições públicas, temos tradição, temos o SUS, temos pesquisadores que conhecem de vacina e temos todos os recursos necessários. O problema é que o governo Bolsonaro é contra o Programa Nacional de Imunizações". 


+Saiba mais sobre o tema por meio das obras disponíveis na Amazon 

1348 - A Peste Negra, de José Martino ( 2000) - https://amzn.to/2QekhTl

Epidemias No Brasil, Rodolpho Telarolli Junior (2003)  - https://amzn.to/2SktKdE

Epidemias no Brasil. Uma Abordagem Biológica e Social, Rodolpho Telarolli Junior (2013) - https://amzn.to/2PQHuLJ

HIV: Os 35 anos do boom da epidemia e a comunidade gay masculina, Fábio Germano de Oliveira (e-book) - https://amzn.to/34Om85L

Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.

Aproveite Frete GRÁTIS, rápido e ilimitado com Amazon Prime: https://amzn.to/2w5nJJp

Amazon Music Unlimited – Experimente 30 dias grátis: https://amzn.to/3b6Kk7du