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Matérias / Iraque

Há 14 anos, Saddam Hussein era enforcado

Neste dia, em 2006, os momentos finais eram transmitidos pelo mundo

Redação Publicado em 30/12/2020, às 15h51

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Saddam Hussein momentos antes de sua execução - Getty Images
Saddam Hussein momentos antes de sua execução - Getty Images

Após 24 anos de dominância, o governo iraquiano de Saddam Hussein foi derrubado durante uma invasão estrangeira comandada pelos Estados Unidos após a alegação de que o país preparava armas nucleares em Bagdá.

Descumprindo a solicitação da ONU, o embate resultou em um sumiço de três anos do líder, sendo encontrado em 2003 por soldados estadunidenses.

Três anos depois, ele foi condenado à morte. O tempo entre a condenação e o enforcamento pôde ser observado por testemunhas, que presenciaram os últimos momentos do ditador que comandou o Iraque por décadas.

Uma delas foi o ex-conselheiro de Segurança Nacional do Iraque, Mowaffak al-Rubaie.

De acordo com Rubaie, Husseinnão demonstrou qualquer sinal de medo durante sua execução, que infringiu leis internacionais de soberania do Iraque.

Antes de morrer, o tirano recitou uma oração a Allah, até que foi aberto o cadafalso.

"Tinha um aspecto normal e estava relaxado, não vi nenhum sinal de medo. Claro que alguns gostariam que eu dissesse que desmaiou ou que estava drogado, mas esta é a verdade histórica", afirmou o político à agência de notícias AFP.

Saddam em fotografia durante a década de 1990 / Crédito: Getty Images

Execução fria

Saddamfoi enforcado num galpão fechado, gritando ofensas aos EUA, a Israel e ao Irã, enquanto seus antigos guardas debochavam de sua situação. Ele se recusou a ser encapuzado.

"Estava algemado e segurava um Alcorão. Eu o levei à sala do juiz, que leu a lista dos crimes pelos quais era acusado enquanto Saddam repetia 'Morte aos Estados Unidos! Morte a Israel! Morte ao mago persa!’", narrou.

Morto no dia 30 de dezembro de 2006, considerado Dia do Sacrifício nas festividades do Islã do Aid al Adha. Enquanto ele morria, testemunhas gritavam "Viva o ímã Baqr al Sadr!" e "Moqtada! Moqtada!", em referência a um opositor morto pelo regime ba’atista.

Rubaie afirmou ainda que o tirano “cometeu uma infinidade de crimes e merecia ser enforcado mil vezes, ressuscitar e ser enforcado novamente”.

Ainda assim, sentiu uma sensação estranha ao observar o enforcamento de Hussein. “A sala estava repleta de morte”, lembra.

"Era um criminoso? Era. Um assassino? Certo. Um carniceiro? Certo. Mas foi forte até o fim. Não ouvi um pingo de arrependimento de sua parte, não o ouvi implorar misericórdia a Deus, ou pedir perdão”, concluiu o ex-secretário.


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