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Matérias / Oriente Médio

A trágica vida das guarda-costas mulheres do ditador Muammar Kadhafi

As amazonas eram obrigadas a jurar castidade para trabalhar, mas durante o serviço eram abusadas sexualmente pelo político e seus inúmeros filhos

Isabela Barreiros Publicado em 25/09/2020, às 12h30

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Muammar Gaddafi - Getty Images
Muammar Gaddafi - Getty Images

Muammar Kadhafi foi um dos mais sanguinários ditadores do século 20, responsável por mudanças radicais na geopolítica mundial e por diversos crimes contra seu próprio povo. Também ficou conhecido por sua excentricidade, abuso do poder e despotismo anti-humanitário.

Nos anos 1970, o tirano começou a se tornar cada vez mais bizarro — e autoritário — em suas decisões. Uma delas foi particularmente insólita: quando ele decidiu que suas guarda-costas deveriam ser virgens.

Apropriadas como amazonas árabes, essas mulheres mantinham a castidade e treinavam artes marciais, se comprometendo em proteger Kadhafi de qualquer perigo possível. Elas também eram obrigadas a usar camuflagem, pintar suas unhas, manter seus cabelos penteados e a usar rímel pesado.

Eram pelo menos 30 mulheres que dariam suas vidas pelo ditador. Uma delas morreu e outras duas ficaram feridas quando ele sofreu com um atentado que tinha como intuito derrubar seu regime autoritário na Líbia. Naquele evento, ele foi baleado e operado às pressas.

Crédito: Getty Images

Mas, além disso, o jornal Times of Malta revelou em 2011 que a relação do tirano com suas protetoras era repleta de abusos sexuais: o líder líbio estuprava jovens de sua guarda pessoal como maneira de destacar o seu poder.

A publicação relava que começaram a surgir um padrão nas histórias contadas pelos ex-guarda-costas homens de Kadhafi que concordaram em relatar suas experiências do tempo em que trabalharam para o tirano.

"As mulheres seriam estupradas primeiro pelo ditador e depois repassadas, como objetos usados, a um de seus filhos e, eventualmente, a oficiais de alto escalão por mais abusos antes de eventualmente serem libertadas", narrou o Times of Malta em 2011.

De acordo com Annick Cojean, jornalista que denunciou os horrores sexuais de Kadhafi, ele “governava pelo sexo, obcecado pela ideia de possuir um dia as mulheres e as filhas de ricos e poderosos, de seus ministros e generais, de chefes de Estado e de soberanos”.

O regime do infame governante foi marcado por abusos de poder relacionados ao sexo. Ele também criou uma estrutura sistemática de exploração e tráfico de mulheres na Líbia. Vale ressaltar que Kadhafi abusava sexualmente tanto de mulheres quanto de homens, sendo comumente descrito por correligionários e ex-escravos como de um apetite sexual insano.


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