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Matérias / Crimes

Os insólitos crimes da Rua do Arvoredo, em Porto Alegre

Ocorrido no século 19, o caso escandalizou a sociedade da época, sendo amplamente lembrado ainda hoje

Victória Gearini | @victoriagearini Publicado em 12/08/2021, às 18h00

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Imagem meramente ilustrativa - Imagem de Clker-Free-Vector-Images por Pixabay
Imagem meramente ilustrativa - Imagem de Clker-Free-Vector-Images por Pixabay

Entre 1863 e 1864, Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, foi assolada por crimes macabros com requintes de crueldade. Acredita-se que, após matarem suas vítimas, o policial José Ramos e sua companheira húngara Catarina Paulsen venderam os restos mortais no açougue de um comparsa, o alemão Carl Claussner.

Os crimes da Rua do Arvoredo, como ficaram conhecidos, escandalizaram a sociedade do século 19 e, ainda hoje, são lembrados pelos brasileiros, tornando-se uma espécie de lenda urbana na cidade.

Os antecedentes 

José Ramos nasceu em Santa Catarina e era herdeiro da união entre uma indígena e um soldado português. Segundo a Superinteressante, reza a lenda que o rapaz teria matado o próprio pai, após confrontá-lo durante uma briga. Mais tarde, ele teria se mudado para Porto Alegre, onde tornou-se policial. 

Na capital do Rio Grande do Sul, o rapaz conheceu a húngara Catarina Paulsen, com quem engatou um relacionamento amoroso. Todavia, a relação se estendeu para além do romance e, juntos, passaram a cometer crimes violentos na cidade. 

Todos os crimes eram orquestrados antecipadamente. Na bizarra divisão de tarefas da dupla, Paulsen tinha a função de atrair as vítimas para a armadilha. A preferência do casal era por homens estrangeiros e ricos, já que a jovem não falava português. 

Os insólitos crimes 

Ainda segundo a Superinteressante, a dupla cometeu os assassinatos a sangue frio e por pura ganância. Não demorou, então, até que eles dividissem o gosto cruel com uma terceira pessoa, que foi envolvida na insólita trama: o açougueiro alemão Carl Claussner.

Após seduzir as vítimas, Paulsen as levava ao casarão de Claussner, localizado na Rua do Arvoredo. No local macabro, Ramos matava e mutilava as pessoas. Em seguida, os restos mortais eram enviados para o açougue do comparsa alemão, que revendia a carne como se cada pedaço viesse de um animal.

Essa versão, entretanto, divide opiniões. Isso porque os arquivos não citam as linguiças insólitas. Diante da falta de páginas cruciais no processo, é impossível determinar que as história sobre venda de carne humana são verdadeiras.

Traição e morte 

Conforme a Superinteressante, em agosto de 1863, Claussner foi brutalmente assassinado por Ramos. Na época, o comparsa pretendia largar os crimes e mudar-se para o Uruguai. O policial, no entanto, temia que o açougueiro contasse às autoridades sobre os assassinatos. 

Logo depois de colocar um fim ao comparsa, o casal se apossou das propriedades do aintigo colega de crime. Os planos de Ramos, todavia, caíram por terra após Paulsen confessar os assassinatos à polícia. Arrependida, a húngara entregou detalhes das últimas mortes e revelou, ainda, que o companheiro teria executado o comparsa deles.  

O escândalo e a justiça 

De acordo com o documentário do Linha Direta, da Rede Globo, no fatídico dia 18 de abril de 1864, as autoridades encontraram restos humanos no porão do casarão da Rua do Arvoredo. Eles identificaram os cadáveres do taverneiro Januário Martins Ramos da Silva e de seu caixeiro, José Ignacio de Souza Ávila, que foi morto com apenas 14 anos.

No poço próximo à residência, os policiais encontraram, ainda, o corpo mutilado de um cachorrinho, que pertencia ao jovem caixeiro. O animal teria latido e chamado a atenção, sendo morto pela dupla como queima de arquivo. 

O crime foi amplamente repercutido e gerou indignação da população. O casal foi julgado e condenado pelo juiz Dario Rafael Callado, que decretou à Catarina Paulsen 13 anos de trabalhos forçados. Já José Ramos foi sentenciado à pena de morte.

No entanto, segundo a Superinteressante, existem relatos de que o criminoso foi solto, pois, naquela época, Dom Pedro II abominava a pena de morte. Portanto, acredita-se que ele tenha falecido em 1893, cego e sozinho. Já sua companheira foi liberta em 1877, vindo a óbito em 1891. 


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