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Matérias / Personagem

Os mistérios de Kia, uma das figuras esquecidas do Egito Antigo

Apesar de ter sido esposa do poderoso faraó Akhenaton, a jovem simplesmente desapareceu dos registros e toda a sua vida permanece uma incógnita até hoje

Pamela Malva Publicado em 13/08/2020, às 08h00

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Representação de Kia, uma das esposas de Akhenaton - Wikimedia Commons
Representação de Kia, uma das esposas de Akhenaton - Wikimedia Commons

Tudo na vida de Kia é um mistério. Com um nome simples, é difícil de acreditar que ela tenha sido uma importante figura na 18ª dinastia do Egito — isso porque, naquela época, personagens históricos eram tratados como deuses, com toda pompa e circunstância.

No posto de uma das esposas do faraó egípcio Akhenaton, Kia realmente foi uma mulher importante, mas até seu nome é motivo de debate entre historiadores. Mesmo com tantos vestígios do passado, pouco se sabe sobre a vida dela.

Descoberta apenas em 1959 através de artefatos do Museu Metropolitano de Arte de Nova York, ela é mais uma das personagens esquecidas com o passar do tempo. Ainda assim, um grande mistério sobre Kia intriga estudiosos até hoje.

Suposta representação de Kia / Crédito: Wikimedia Commons

Personagem desconhecida

As raízes de Kia, bem como seu nome, são um grande mistério. Nenhuma evidência concreta foi encontrada sobre a nacionalidade da jovem e, portanto, acredita-se que ela seja egípcia por nascimento — a identidade de seus pais também não é definida.

O que se sabe, no entanto, é que, como esposa de Akhenaton, ela era uma das preferidas do faraó. Em inscrições antigas, Kia recebe os títulos de “a favorita” e “a muito amada”, sem nunca ser citada como “herdeira” ou “grande esposa real”.

Dessa forma, estudiosos sugerem que, apesar de graciosa e amada pelo governante egípcio, Kia não tinha sangue nobre. Ainda assim, diversos artefatos provenientes de Amarna, a capital da dinastia de Akhenaton, citam o nome da jovem com frequência.

Representação de casal no estilo de Amarna / Crédito: Wikimedia Commons

Documentos silenciosos

Ausente em quaisquer outros períodos do Egito Antigo, Kia só teve sua vida documentada em peças e objetos da 18ª dinastia. Enquanto registros sobre a família de Akhenaton sugerem que o faraó chegou à Tebas nos primeiros quatro anos do seu reinado, a jovem esposa não é citada em nenhum momento.

Foi apenas após a mudança do governante para a capital em Amarna que Kia apareceu nos registros antigos. Antes desconhecida, ela passou a ser representada como uma das esposas prediletas do poderoso faraó.

Muito além de sua história misteriosa, a linhagem de Kia também não foi documentada durante o período. Nesse sentido, algumas inscrições sugerem que a jovem teve uma filha com o faraó, mas tal teoria nunca foi realmente comprovada.

Escultura atribuída a Kia / Crédito: Wikimedia Commons

Riquezas esquecidas

O mais significativo objeto que recebeu o nome de Kia durante a dinastia de seu marido foi um caixote de madeira dourada, encontrado na tumba KV55 no Vale dos Reis. Bastante ornamentado, o artefato revelava um pouco mais sobre o status de Kia em Amarna — isso se ele realmente pertenceu à ela.

No último terço do reinado de Akhenaton, entretanto, Kia simplesmente desapareceu dos registros. Seu nome não foi encontrado em mais nenhum objeto da época e ninguém nunca descobriu o que aconteceu com ela.

O fim repentino de Kia, seja por morte ou exílio, é comumente caracterizado por egiptólogos como um sinal de desgraça. Se ela ainda mantivesse uma boa relação com o marido quando sumiu da capital, teria recebido um sepultamento suntuoso.

Representação de Akhenaton, Nefertiti e alguns de seus filhos / Crédito: Wikimedia Commons

Teorias de uma vida

Como grande parte da vida de Kia é um verdadeiro mistério, diversos estudiosos sugerem novas identidades para mulher. Uma delas, a mais intrigante, diz respeito à múmia conhecida como “A jovem dama”, a mãe de Tutancâmon.

Encontrada no Vale dos Reis, a jovem apresentava características parecidas com as de Kia, mas um teste de DNA logo descartou as possibilidades. Enquanto a múmia era filha de Amenhotep III, Kia nunca foi descrita como herdeira de um faraó.

Outra teoria sugere que Kia era Tadukhipa, a filha do rei Tushratta, que casou-se com Amenhotep III e, em seguida, tornou-se uma das esposas de Akhenaton. Assim como a anterior, no entanto, essa possibilidade também foi desconsiderada.

Ainda assim, as sugestões poderiam indicar um possível motivo para o desaparecimento de Kia. Se fosse Tadukhipa, ela poderia ter sido castigada pela quebra de uma aliança. Por outro lado, se fosse a mãe de Tutancâmon, a jovem poderia ter sofrido com a ira ciumenta e impiedosa de Nefertiti.


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