Sobrinho de um dos maiores presidentes americanos, foi acusado de ter estuprado e agredido uma jovem em 1991
Paola Churchill Publicado em 07/04/2020, às 18h25
Que a família Kennedy é conhecida por grandes polêmicas e tragédias, todos sabem. No entanto, existe uma história que os membros tentaram esconder a todo e qualquer custo: os possíveis crimes cometidos por William Kennedy Smith, sobrinho de John F. Kennedy.
William era a estrela da família. Seus pais, Stephen Edward Smith e Jean Kennedy Smith tinham muito orgulho do filho. Isso porque ele era um famoso médico que inclusive, fez uma fundação focada em vítimas de acidentes com minas terrestres. Contudo, não foi isso que o fez estampar as manchetes: em 1991, ele foi acusado de estupro.
Ovelha negra
Em 29 de março de 1991, Smith estava se divertindo em um bar em Palm Beach, Flórida com seu tio, o senador Ted Kennedy e seu primo Patrick J. Kennedy. No mesmo lugar, estava a jovem Patricia Bowman, que chamou a atenção de William. Não demorou muito para que os dois começassem a conversar e sair do bar. Ele aproveitou a situação e pediu uma carona até sua casa.
A carona logo se transformou num convite particular: Bowman foi chamada para dar uma volta na praia particular do Kennedy. Entretanto, o que parecia ser um flerte agradável tornou-se um pesadelo: no meio do passeio, William agarrou a mulher com força e quando ela pediu que parasse, ele simplesmente a ignorou e a estuprou. Após o crime, a mulher ligou para seus amigos implorando para que eles a resgatassem.
Poucas horas depois, prestou queixa na delegacia e foi levada ao hospital que documentou o ato. Os exames revelaram que constava esperma em sua vagina e hematomas por todo o corpo. Assim, o caso foi levado ao tribunal.
No dia do julgamento, William alegou que toda a relação que tiveram foi consensual. O episódio se demonstrou a favor de Smith: embora três mulheres tenham testumunhado que também sofreram violência sexual do homem, os relatos foram excluídos e o caso foi arquivado.
O monstro ataca novamente
Apesar de sua família ter comprado o silêncio da mídia, em 1999, outra acusação foi feita, dessa vez por uma ex-funcionária do instituto comandado por William. A vítima, que pediu para não ter sua identidade revelada, contou uma história igual a de Bowman: os dois estavam sozinhos quando o pervertido a atacou e a forçou a ter relação sexual agressiva.
Smith mais uma vez, negou quaisquer que fossem as acusações feitas, dizendo que as consideravam ultrajantes e ainda afirmou que “a história familiar e pessoal me tornaram extraordinariamente vulnerável a esse tipo de acusação”.
O médico, pouco depois do suposto incidente, renunciou o cargo dentro de sua própria organização. Alguns meses após o ocorrido, em comunicado oficial através do instituto, afirmou que as acusações de violência sexual feitas por William foram “resolvidas amigavelmente”, não entrando nos detalhes do acordo.
As acusações não mudarem em nada a vida do sobrinho de John F. Kennedy, que continuou sendo um nome de respeito e prestígio na área médica americana e por um momento, pensando em seguir o legado familiar, cogitou até mesmo a concorrer como governador pelo estado de Illinois, em 2002.
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