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Matérias / Mundo

Oxagon: o que sabemos sobre a cidade flutuante da Arábia Saudita

Em novembro de 2021, o príncipe-herdeiro saudita anunciou a construção de uma enorme cidade que irá flutuar no Mar Vermelho

Pedro Paulo Furlan, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 09/01/2022, às 09h00

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Imagem do projeto da cidade flutuante OXAGON - Divulgação / NEOM
Imagem do projeto da cidade flutuante OXAGON - Divulgação / NEOM

No dia 16 de novembro do ano passado, 2021, a Arábia Saudita revelou um novo projeto, comandado pelo príncipe-herdeiroMohammed bin Salman: uma cidade flutuante chamada OXAGON, a maior aposta deste tipo no mundo inteiro. A ideia faz parte da série de planejamentos sauditas para a modernização do país, apelidada de ‘Vision 2030’.

Com oito lados e flutuando no Mar Vermelho, próximo à costa nordeste da Arábia Saudita, a OXAGON será uma cidade completamente movida pela sustentabilidade e criatividade, sendo considerada, por seus desenvolvedores, como um ambiente perfeito para o desenvolvimento de planos para o futuro da humanidade.

No entanto, além de um complexo industrial útil e completamente modernizado, a OXAGON deve tornar-se um centro de manufatura, com o primeiro porto totalmente automatizado e o primeiro “centro de logística integrada do mundo”, diz o comunicado de imprensa liberado.

Apontando que o município no Mar Vermelho será um pioneiro para uma grande mudança internacional, o CEO da NEOM, a cidade-gigante da qual a OXAGON fará parte, Nadhmi Al-Nasr expressou-se à mídia sobre o projeto.

Através da OXAGON, será efetuada uma mudança fundamental em como o mundo vê centros de manufatura. O que nos encoraja é ver o entusiasmo de nossos parceiros, que desejam começar seus projetos em OXAGON. Os pioneiros da tecnologia irão instalar fábricas desenvolvidas com as últimas tecnologias em inteligência artificial, para atingir um salto significativo para a Quarta Revolução Industrial”, afirmou.

Mesmo com todas essas promessas e declarações sobre a inovação que a cidade flutuante irá trazer, os responsáveis pelo projeto não divulgaram nenhum dado concreto sobre como este centro funcionará, qual tipo de energia irá utilizar, quanto irá custar e como irá se manter flutuando.

As medidas e tamanhos da OXAGON ainda são um segredo, porém é seguro acreditar que o projeto será imenso, ainda assim não chega nem perto do tamanho da cidade gigante NEOM, a seção mais audaciosa do ‘Vision 2030’, que se estenderá por 26.495.578 metros quadrados e incluirá a cidade flutuante.

NEOM: a moderna megacidade saudita

Região aproximada de onde ficará a megacidade de NEOM - Créditos: Divulgação / NEOM

A ideia foi anunciada em 2017 e será um compilado das mais atualizadas tecnologias, de maneira a possibilitar a melhor qualidade de vida, mesmo no meio do deserto da Arábia Saudita, onde a cidade estará situada, ao lado do Mar Vermelho. Chamada de “um lugar para sonhadores” pelo príncipe-herdeiro, NEOM será um enorme investimento.

Com inúmeros espaços abertos para investidores e já contando com grandes empresas envolvidas no projeto, a cidade gigante já recebeu 500 bilhões de dólares de investimento do governo saudita, o que significa quase três trilhões de reais, de acordo com a cotação do dólar americano atual.

Os projetos já revelados mostram energia completamente sustentável, utilizando de painéis solares, moinhos de vento para energia eólica e prometendo novas formas de energia não reveladas.

Junto a isto, aspectos como uma imensa rede de transporte subterrâneo, táxis voadores, uma lua artificial e ilhas conectadas à cidade fazem parte do projeto.

Composta de inúmeros centros tecnologicamente autônomos, com reconhecimento facial, acesso personalizado e vizinhanças comunitárias, em sua totalidade a NEOM deve ter um tamanho completo de 33 vezes a cidade de Nova York e, no entanto, sendo construída do nada, em cima de um terreno desértico.

As críticas ao projeto, entretanto, são tão válidas quanto as promessas de inovação que ele representa. Com este acesso completo aos dados e o histórico da Arábia Saudita de possíveis abusos de informação, diversos especialistas afirmam que muitas pessoas estariam reservadas em relação ao projeto, caso não haja transparência completa.