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Matérias / Segunda Guerra

Para EUA e Japão, a Segunda Guerra era uma questão econômica

Ambas as nações desejavam ser reconhecidas como grandes potências no pós-guerra, mas o ataque a Pearl Harbor mudou tudo

Redação Publicado em 07/12/2021, às 17h00

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Tropas norte-americanas marchando na Floresta de Ardenas em janeiro de 1945 - Domínio Público/ Creative Commons/ Wikimedia Commons
Tropas norte-americanas marchando na Floresta de Ardenas em janeiro de 1945 - Domínio Público/ Creative Commons/ Wikimedia Commons

Tanto para os Estados Unidos, como para o Japão, a Segunda Guerra Mundial era uma questão econômica. O vencedor sairia como uma das maiores potências do pós-guerra. O Japão entrou nessa por causa de sua insuficiência na produção de materiais básicos como petróleo, carvão, aço e ferro. Os Estados Unidos precisavam de um empurrão para jogar definitivamente no passado o fantasma da Grande Depressão.

A opinião popular norte-americana era majoritariamente contrária à guerra, mas tornouse favorável logo após o ataque a Pearl Harbor. O esforço de guerra alimentou a economia norte-americana, os soldados voltavam como heróis, a nação estava com o moral elevado ao final da guerra.

Para o Japão, humilhado pelos embargos e contando com o apoio de seus aliados alemães e italianos, era tudo ou nada. Acreditava ser possível derrotar a força militar norte-americana com a ajuda de Hitler. Derrotado moral e militarmente e com duas cidades destruídas pela bomba atômica, o Japão ainda teve de aguentar sete anos de ocupação estadunidense em seus domínios (1946-1952).

Após uma transição complexa, iria se tornar uma nova potência capitalista na virada para os anos 1960, enquanto, nessa mesma década, os Estados Unidos se viam com uma nova crise no horizonte, que seria deflagrada definitivamente nos anos 1970, após uma outra guerra, desta vez totalmente perdida, a do Vietnã.

Fotografia de Pearl Harbor durante o ataque japonês / Crédito: Getty Images

Mas, ao contrário do que aconteceu com os heróis da Segunda Guerra Mundial, os do Vietnã voltavam para casa como párias, mutilados física e moralmente por uma guerra incompreensível e estúpida. O ataque a Pearl Harbor precipitou uma série de definições importantes para os países envolvidos na guerra e também para o restante do mundo, mesmo que estivéssemos ainda longe da globalização.

Em 1942, os avanços de Hitler são interrompidos, e logo adviriam recuos ou derrotas retumbantes. Se o ataque a Pearl Harbor não tivesse acontecido, os Estados Unidos teriam demorado quanto tempo para entrar na guerra? Hitler teria avançado mais, dificultando consideravelmente a vitória dos Aliados? E se o Japão recuasse no expansionismo para que os Estados Unidos interrompessem o embargo? A guerra ficaria na Europa até quando? Hitler teria dominado todo o continente?

Essas são perguntas difíceis de serem respondidas, a não ser no campo das especulações. Mas por essas especulações é possível perceber que o destino das nações, do mundo e do entendimentoentre os povos pode ser modificado por batalhas vencidas ou perdidas, ataques bem ou mal planejados, alianças bem ou mal costuradas.

Os 80 anos do ataque a Pearl Harbor nos mostraram que por economia tudo se faz, como tudo se perde. Podemos até perder a paz.