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Matérias / Crimes

Parasita de Denver: Theodore Coneys, o assassino que vivia no sótão da própria vítima

Em meados de 1942, o criminoso virou uma lenda terrível ao morar por meses na mesma residência onde cometeu um homicídio

Pamela Malva Publicado em 21/06/2020, às 08h00

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Fotografia de Theodore Coneys - Divulgação/Youtube
Fotografia de Theodore Coneys - Divulgação/Youtube

Aos 73 anos, Philip Peters era um dos moradores mais queridos de seu bairro, na cidade de Denver, Colorado. Com olhos gentis e conselhos de ouro, o idoso fazia amigos com facilidade e adorava seus vizinhos.

Em meados de 1941, Philip morava com sua esposa quando ela precisou ser internada, após quebrar o quadril em um acidente. Durante todo o mês de setembro, ele pensou estar morando sozinho na residência, aguardando pela volta da amada.

Mais tarde, no entanto, o senhor norte-americano viria a descobrir que ele não apenas estava acompanhando, mas que vivia sob o mesmo teto que um homem muito perigoso. O fim trágico da história fez as páginas de jornais da época e virou uma lenda urbana.

Imagem de jornal da casa de Philip Peters / Crédito: Divulgação/Youtube

Um morador misterioso

Desde muito jovem, Theodore Edward Coneys já tinha a certeza de que não viveria por muito tempo. Acometido por problemas sérios de saúde, recebeu a notícia que não passaria de seu aniverário de 18 anos.

Sem qualquer expectativa de vida, então, o garoto sequer terminou a escola. Natural de Petersburg, Illinois, ele tinha surpreendentes 29 anos quando perdeu sua mãe, em 1911. Desamparado, sem formação e sem dinheiro, passou a morar na rua.

Já adulto, tentou manter-se em alguns empregos em Denver, mas, sem experiência, foi logo demitido. Sem um teto sobre sua cabeça, Theodore sentia-se constantemente julgado e cultivava rancor por todos aqueles que um dia o maltrataram.

As histórias se cruzam

Em setembro de 1941, já aos 59 anos, Theodore procurava por dinheiro fácil e alguma comida quando chegou ao bairro de Philip Peters. Vivendo em situações precárias, então, decidiu invadir a casa do idoso, a fim de roubar aquilo que mais precisava.

Já dentro da residência, que estava vazia, o morador de rua encontrou um pequeno sótão, usado por Philip para guardar algumas amenidades. Theodore subiu as escadas do alçapão e percebeu que poderia morar no cubículo se quisesse. E assim ele fez.

Por cerca de cinco semanas, Theodore morou na casa de Philip sem que o senhor idoso soubesse. Em 17 de outubro, no entanto, os dois acabaram se encontrando na cozinha e entraram em conflito. Durante a briga, contudo, o inquilino indesejado disparou contra o dono da casa e ainda espancou o corpo já sem vida de Philip.

Imagem do sótão onde Theodore Coneys morava / Crédito: Divulgação/Youtube

Paredes têm ouvidos

O cadáver do senhor de 73 anos só foi encontrado porque seus vizinhos, que estranharam sua demora para o jantar, chamaram a polícia. Toda a casa foi vasculhada e o alçapão foi encontrado, mas os oficiais imaginaram que seria pequeno demais para que um adulto de tamanho padrão pudesse se esconder.

Pouco tempo mais tarde, de volta à casa vazia, a esposa de Philip manteve-se em um estado de luto constante. Sempre acompanhada por uma governanta, no entanto, ela passou a escutar sons esquisitos vindo do andar de cima da residência.

Passos, sons de portas batendo e metais tilintando eram cada vez mais comuns e as duas senhoras já não aguentavam ligar para a polícia. Theodore, por sua vez, conseguia se esconder sempre que alguém averiguava a casa e apenas saía do sótão quando a residência estava vazia, assim como fazia com Philip.

Página de jornal sobre o caso e mugshot de Theodore / Crédito: Divulgação/Youtube

Assombrações

Eventualmente, a viúva de Philip decidiu se mudar para o Colorado, a fim de morar com o filho. A ideia de viver em uma casa supostamente mal-assombrada era insuportável, ainda mais sendo aquele o local onde seu marido fora brutalmente assassinado.

Após a saída da senhora, Theodore começou a pensar que teria a casa inteira para si. Em 30 de julho de 1942, todavia, durante uma ronda padrão no bairro, policiais entraram de surpresa a residência e encontraram o criminoso tentando se esconder.

O inquilino indesejado foi detido e, já na delegacia, confessou o assassinato de Philip Peters. Theodore Coneys foi julgado e condenado à prisão perpétua. Em 16 de maio de 1967, enquanto cumpria sua pena, ele faleceu no hospital da Penitenciária Estadual do Colorado, aos 85 anos.


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