Construído há cerca de 200 anos, o ambiente intacto conta com um livro de receitas, panelas e fogões do século 19
Pamela Malva Publicado em 14/06/2020, às 15h00
No final de 2011, um casal se mudou para uma enorme mansão em Cefn Park, perto de Wrexham, no Reino Unido. Com decoração vintage, a casa apresentava diversos quartos e, curiosamente, uma sala bloqueada.
Buscando desvendar o mistério do quarto escondido, Archie Graham-Palmer e Philippa, os novos moradores, fizeram de tudo para abrir a porta. Quando finalmente o fizeram, encontraram uma cozinha completa, datada da Era Vitoriana.
Após pesquisarem mais sobre a casa, com a ajuda de especialistas, o casal descobriu o nome de um dos antigos proprietários da mansão. Soldado da Brigada Leve de 1854, Sir. Roger William Henry Palmer é um dos nomes presentes nos registros da residência.
Artefatos de uma vida
Construído há 200 anos, no início do século 19, o cômodo conta com uma enorme mesa de madeira, um fogão antigo, panelas, frigideiras, bules de chá e extintores de incêndio. Além dos artefatos, o casal ainda identificou alguns potes de geléia com as iniciais VR, em referência ao nome Victoria Regina.
Archie e Philippa ficaram ainda mais impressionados quando encontraram um livro de culinária do século 19 em perfeito estado. “Foi deixado como costumava ser”, contou o dono da casa, em entrevista ao jornal Cascade, na época do achado.
Especialistas foram convidados para restaurar e estudar a cozinha vitoriana. A partir das análises, descobriu-se que as paredes do ambiente foram pintadas com pigmentos azul e amarelo, feitos de casca de ovos, giz e ossos de animais esmagados.
O passado de uma era
Acredita-se que a cozinha ficou escondida por 60 anos, após servir de abrigo subterrâneo durante a Segunda Guerra Mundial. Antes disso, ela teria sido abandonada desde a Era Vitoriana, juntando pó por longos 100 anos.
Archie e Philippa agora pensam que a sala passou a ser usada como galpão antes de ser bloqueada, ao final do conflito mundial. “Até alguns meses atrás, estava cheia de caixas e cobertores velhos para cavalos”, disse o dono da mansão, à época da descoberta.
Registros antigos sobre a casa, encontrados após pesquisas, revelaram alguns dos trabalhadores da propriedade, contratados em meados de 1881. Entre os empregados estavam um mordomo, um manobrista, duas domésticas, um jardineiro e um cocheiro.
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