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Matérias / Brasil

Paulo Gustavo perdeu a vida para uma doença que tem vacina

A despeito das diversas vacinas que já foram desenvolvidas, apenas uma pequena parcela dos brasileiros já recebeu as duas doses da vacina

Redação Publicado em 08/05/2021, às 07h00 - Atualizado às 10h04

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Paulo Gustavo durante o especial de 2020 "220 Volts" - Divulgação/TV Globo
Paulo Gustavo durante o especial de 2020 "220 Volts" - Divulgação/TV Globo

A morte do ator, roteirista e comediante Paulo Gustavo, confirmada na última terça-feira, 4, abalou todo o país. O carismático artista, que morreu com apenas 42 anos de idade, já combatia a covid-19 há mais de 50 dias. 

De acordo com a equipe do comediante, ele foi internado em um hospital do Rio de Janeiro em 13 de março, intubado em 21 de março, e no dia 26 de abril ainda desenvolveu uma pneumonia bacteriana, o que contribuiu para piorar seu quadro ainda mais. 

O ator acordou brevemente no último domingo, 2, mas infelizmente a melhora foi passageira, e não demorou para seu organismo não conseguir mais resistir ao novo coronavírus, o que ocasionou em sua morte cerebral. 

Entre os maiores trabalhos deixados por Paulo Gustavo, está o icônico “Minha mãe é uma peça”, história criada e estrelada por ele, que começou como apresentação teatral e depois foi adaptada para filme em resposta a seu estrondoso sucesso. 

Tragédia anunciada 

De forma triste, o artista havia feito uma postagem no seu Instagram apenas dez dias antes de ser internado, em que publicou capturas de tela de uma série de notícias preocupantes a respeito da situação da pandemia no Brasil. 

“Cadê a vacina, meu Deus? Se liga na aglomeração gente! Sair de casa apenas quem precisa trabalhar!”, escreveu o humorista na legenda do post. 

A exasperação expressa em seu apontamento tem bons motivos: caso acordos feitos pelo governo tivessem tornado o imunizante disponível para a população brasileira como um todo mais cedo (isso tendo em vista que ainda hoje a vacinação em massa é um objetivo distante para a maioria das regiões do país), e caso tivesse existido esforço maior por parte da sociedade para evitar exposições desnecessárias ao vírus, diversas vidas poderiam ter sido poupadas. 

O que Paulo não sabia é que ele próprio estava para se tornar mais uma vítima da pandemia, o que, em retrospectiva, torna sua publicação ainda mais impactante. Em uma das capturas de tela compartilhadas por ele, inclusive, está um trecho de uma matéria do UOL que diz:

“(...) Médicos relatam uma mudança no perfil dos pacientes de UTIs. Em geral, estão chegando pessoas mais jovens, entre 30 e 50 anos, mais graves e que demandam mais tempo de terapia intensiva”, escreveu o colunista Reinaldo Azevedo.

Tragicamente, essa foi uma constatação que acabou por se aplicar para o ator, que estava precisamente nesta faixa de idade. 

Paulo Gustavo durante evento em 2018 / Crédito: Getty Images

Os responsáveis  

O renomado escritor Paulo Coelho, que é parte da Academia de Letras Brasileira, foi um dos que abordou a morte de Paulo Gustavo em suas redes sociais. 

Ele foi além de uma simples mensagem de luto, todavia, decidindo expor as razões por trás não apenas dessa morte, mas também dos próprios números absurdos que a pandemia alcançou no Brasil, que até o fechamento dessa matéria já havia perdido 417 mil brasileiros para o vírus. 

De acordo com o autor, entre aqueles que contribuíram para que o carismático artista morresse ainda jovem, deixando os dois filhos pequenos sem um pai, estão os que diminuíram a gravidade do coronavírus, pregaram falsas curas (como a cloroquina, presente no Kit Covid, que, na verdade, aumenta a mortalidade das vítimas do vírus) e se colocaram contrários à realização de quarentena e ao uso de máscaras. 

Fotografia do Kit Covid / Crédito: Divulgação/Prefeitura de Barra do Garças - MT

O cenário é ainda mais preocupante quando lembramos que, infelizmente, o governo recusou 11 ofertas de compra de vacinas que poderiam ter contribuído para imunizar a população. 

Assim, 417 mil brasileiros, incluindo Paulo Gustavo, não tiveram acesso ao imunizante. A informação sobre as vezes que o governo contribuiu para o atraso da imunização dos brasileiros foi apurada pela CPI da Covid e divulgada pelo G1

Conforme repercutido pelo Portal da Vacina aqui, apenas 8,19% das pessoas receberam as duas doses da vacina, o que é equivalente a 17 milhões. 


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