Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Matérias / Paleontologia

Pela primeira vez, câncer maligno é identificado em fóssil de dinossauro

A pesquisa canadense revelou que o animal, que viveu a cerca de 76 milhões de anos, foi acometido por um violento osteossarcoma

Wallacy Ferrari Publicado em 04/08/2020, às 09h17

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Gráfico localiza o osso afetado pelo câncer - Royal Ontario Museum/Universidade McMaster
Gráfico localiza o osso afetado pelo câncer - Royal Ontario Museum/Universidade McMaster

Uma equipe de paleontologia do Museu Real de Ontário em parceria com a Universidade McMaster concluiu que um dinossauro morto há cerca de 76 milhões de anos atrás tinha um câncer agressivo em estado que já prejudicava sua locomoção. De acordo com a revista The Lancet Oncology, onde o estudo foi publicado, é a primeira vez que um tumor maligno foi encontrado em um dinossauro.

O animal foi localizado em 1989 no Dinosaur Provincial Park, em Alberta, no Canadá e trata-se de um Centrosaurus apertus — um quadrúpede chifrado com aproximadamente 5,5 metros de altura. O dinossauro, que viveu no território que hoje é o Canadá, tinha uma estranha característica, já identificada em sua retirada, mas estudada apenas em 2017.

Em uma visita ao Royal Tyrrell Museum, a equipe examinou o fóssil com técnicas modernas, desde tomografias computadorizadas de alta resolução até escaneamentos localizados, sempre tendo em foco o que era conhecido como uma fratura da fíbula do esqueleto. Com a análise, a pesquisa concluiu que o animal foi acometido por um osteossarcoma.

O câncer que se origina nas células que formam os ossos é mais comumente diagnosticado em ossos longos, sendo encontrado com características de estágio avançado no fóssil. "O diagnóstico de câncer agressivo como esse em dinossauros tem sido ilusório e requer conhecimento médico e vários níveis de análise para identificar adequadamente", acrescentou Mark Crowther, professor de Patologia e Medicina Molecular e autor do estudo.